MP faz alerta sobre riscos em propostas de liquidação alternativa do Santos
O Banco Santos, falido há mais de uma década, terá uma de suas principais assembleias de credores na segunda-feira. Nela, serão votadas propostas de três instituições para uma liquidação alternativa dos ativos, com a transferência das dívidas para fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) – o que é visto com grande expectativa, pois poderia encerrar […]
O Banco Santos, falido há mais de uma década, terá uma de suas principais assembleias de credores na segunda-feira.
Nela, serão votadas propostas de três instituições para uma liquidação alternativa dos ativos, com a transferência das dívidas para fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) – o que é visto com grande expectativa, pois poderia encerrar o processo de falência.
Mas, como tudo que cerca o banco de Edemar Cid Ferreira, nada é simples.
A Promotoria de Justiça de Falência de São Paulo divulgou hoje um “alerta” aos credores, sinalizando alguns pontos que podem colocar areia numa eventual decisão.
Disse que as propostas dos bancos Credit Suisse e Paulista consideram os controladores como credores subordinados, com direito a, respectivamente, 30% e 20% do rateio sobre a venda dos bens para recuperação dos créditos.
Isso, adverte, coloca os credores como sócios de Edemar no fundo a ser formado, o que, por lei, os tornaria sucessores também em suas dívidas.
A terceira proposta, da gestora Opus, diz o promotor Eronides dos Santos no parecer, não explicita se haveria algum benefício ao controlador.