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Lula fala sobre evento com Bolsonaro: ‘ele estava muito incomodado’

O petista disse em entrevista nesta quarta que a 'cara de constrangimento' do presidente era visível a cada discurso em defesa da democracia

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 ago 2022, 10h21 - Publicado em 17 ago 2022, 08h31

Horas depois de participar da solenidade de posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do TSE, ocasião em que ficou frente a frente com Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula concede neste momento uma entrevista à Rádio Super, de Minas Gerais. Logo na primeira pergunta, o petista foi instado a comentar o olho no olho que teve com o principal adversário nas eleições desse ano. E fez uma análise sobre o comportamento do presidente.

“Eu não encontrei com o Bolsonaro. A gente estava no mesmo espaço físico, mas estava muito distante um do outro. Ou seja, o Bolsonaro estava muito incomodado, porque ele ouviu tantas vezes a palavra ‘democracia’, ele ouviu tantas críticas ao autoritarismo, tantas críticas a fake news que ele estava muito incomodado”, declarou Lula.

Na avaliação do candidato do PT ao Planalto, a “cara de constrangimento” de Bolsonaro era visível a cada discurso que falava um pouco de democracia. “Ele quase que não bateu palma pra nenhum discurso. Ele, com muita má vontade, ficava em pé pra aplaudir as pessoas quando as pessoas levantavam”, comentou.

“E eu compreendo esse comportamento dele, porque ele passou o tempo inteiro desaforando a Justiça Eleitoral, ele passou o tempo inteiro desacreditando a urna eletrônica, ele passou o tempo inteiro tentando desmoralizar as instituições, e ontem foi um ato de fortalecimento do processo do estado de direito democrático no Brasil”, acrescentou o ex-presidente.

Para Lula, a posse de Moraes foi um ato muito importante e muito forte, “em que a gente valorizou muito a questão da democracia”. Ele destacou a presença de tantas autoridades, como 22 governadores, praticamente todos os ministros das Cortes superiores e quatro ex-presidentes da República.

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“Ou seja, foi um ato muito forte ontem em defesa da democracia, e por isso o presidente estava muito incomodado, porque ele não gosta de democracia”, resumiu.

Questionado se conversou com integrantes dos tribunais superiores para firmar algum pacto em defesa da democracia, Lula respondeu que não houve oportunidade de fazer nenhum pacto com ninguém, porque era muita gente. E disse que cumprimentou todas as pessoas que faziam parte da ala principal do plenário, entre eles todos os ministros do STF.

Lula prosseguiu classificando o evento como “um ato da civilidade”, que reuniu as pessoas que gostam e respeitam a democracia e que ao longo da história do Brasil lutaram pela conquista do estado de direito democrático.

“Se juntaram para dizer ao Brasil que nós queremos paz, que nós queremos tranquilidade, que nós queremos trabalho, que uma eleição que seja limpa, que seja uma eleição em que a gente possa fazer o debate democrático, na televisão, no rádio, e que o resultado das eleições seja respeitado por todo mundo”, comentou.

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Ainda sobre o visível incômodo de Bolsonaro, ele ressaltou que o adversário ficou o tempo inteiro sentado ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e não trocou nenhuma palavra com ele.

“É uma coisa estranha. Porque normalmente quando você, sendo presidente ou não, você está numa solenidade, você está sentado na mesa, você conversa com as pessoas do lado. Eu conversei com o Sarney, eu conversei com o Temer. Afinal de contas, a gente estava sentado juntos. E ele não conversou, numa demonstração de que ele estava muito inquieto, muito incomodado, ele nunca tinha ouvido a quantidade de ar respirando democracia que ele viu ontem”, afirmou.

“Ou seja, ali cheirava democracia, ali cheirava liberdade, ali cheirava respeito às urnas, a luta contra fake news. Então ele estava incomodado, porque aquele ato era um ato contra praticamente quase tudo que é o comportamento do presidente da República”, complementou.

Para concluir, Lula disse achar que Alexandre de Moreas e a Justiça Eleitoral saíram fortalecidos do evento, e que as urnas eletrônicas “saíram com muito mais respeitabilidade”.

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“Eu acho que agora só faltam poucos dias para as eleições, vamos consolidar o processo eleitoral”, finalizou.

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