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Janja recebe honraria no Senado e defende mais mulheres no Congresso

A primeira-dama disse que a representação feminina no Parlamento brasileiro está abaixo da média mundial e pleiteou "regras de paridade"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 mar 2023, 12h42 - Publicado em 8 mar 2023, 11h12

O Senado realizou na manhã desta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, a entrega do Diploma Bertha Lutz para sete mulheres que “deram contribuição relevante à defesa dos direitos e das questões de gênero no Brasil”. Uma das agraciadas com a premiação foi a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, que usou seu discurso no plenário da Casa para defender o aumento da representação feminina no Congresso.

Janja iniciou sua fala cumprimentando “todas e todes” e disse estar nervosa em discursar na tribuna do Senado pela primeira vez. “Precisamos estar representadas nos espaços de decisão. Na Câmara, ocupamos apenas 17,7% das cadeiras. E, nessa casa, apenas 16%. Esses números são maiores que na última eleição, é fato, e temos muito o que comemorar em termos de avanço na representatividade da diversidade das mulheres brasileiras aqui no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial de 26% nos assentos nos Parlamentos, segundo os dados da União Interparlamentar”, declarou.

A socióloga destacou que o governo do marido, o presidente Lula, tem 11 mulheres ministras e duas presidentes de bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal). “[É] o maior número de mulheres no primeiro escalão de um Governo Federal, um avanço a ser comemorado, mas certamente não a nossa linha de chegada”, comentou.

Ao fazer referência às dificuldades do dia a dia da política para as mulheres, a primeira-dama disse que tem sido “o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais”, até mais que Lula.

“Sei que muitas de vocês também passam por isso, pela mesma e terrível experiência de ver seu nome, seu corpo, sua vida exposta de uma forma mentirosa. E, por isso, é muito importante o aumento da representação feminina, principalmente no Congresso, na Câmara e no Senado Federal, para que mais mulheres possam estar aqui nesse lugar que hoje eu estou pela primeira vez para que possamos construir juntas o caminho de um Brasil mais solidário e mais fraterno, e menos desigual”, afirmou.

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Janja defendeu ainda que é preciso, cada vez mais, “institucionalizar” a presença feminina nos espaços de poder e garantir que existam e sejam cumpridas as regras de paridade. Ela também destacou o combate à violência contra as mulheres. “Nenhuma de nós com medo, todas nós na política”, concluiu.

Além de Janja, também foi premiada a presidente do STF, Rosa Weber, que defendeu a igualdade de tratamento e de acesso aos espaços decisórios públicos para as mulheres como “forma de luta contra a discriminação de gênero”.

“Em sociedade marcada por machismo estrutural, edificaram-se as estruturas procedimentais e de tomada de decisão de modo a não considerar a mulher como ator político e institucional relevante no projeto democrático constitucional. A igualdade fez-se assim e continua a se fazer considerada, perdoem-me, a sub-representação feminina também neste parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher”, declarou a ministra.

As outras cinco agraciadas foram Ilona Szabó de Carvalho, cientista política e especialista em segurança pública e política de drogas, diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilana Trombka, diretora-geral do Senado, Nilza Valéria Zacarias, jornalista e uma das coordenadoras da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Glória Maria, jornalista que morreu no mês passado, e Clara Filipa Camarão, indígena da etnia potiguara que liderou um grupo de mulheres contra as invasões holandesas no século 17, em Pernambuco.

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