Quando anunciou as quatro sedes da Copa América no Brasil na tarde desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro deixou escapar que um quinto governador “chegou um pouco atrasado, vamos assim dizer”, e acabou ficando de fora da competição. Ele não revelou o nome, mas falava de Wilson Lima, do Amazonas.
O governador já havia manifestado publicamente, inclusive, o desejo de que o estado recebesse jogos do torneio, mas foi superado por Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Ronaldo Caiado (Goiás), todos alinhados a Bolsonaro.
À CNN Brasil, Lima disse na segunda-feira que tinha “todo interesse” em sediar a Copa América e que não via problemas na realização da competição no Brasil mesmo em face do risco de uma terceira onda da Covid-19 ao país. “O Amazonas está numa condição de estabilidade e, se seguirmos todos os protocolos, não vejo problema”, declarou.
A capital do estado, Manaus, foi a principal atingida pela segunda onda da doença, no começo do ano, ao ponto de faltar oxigênio para pacientes internados nos hospitais da cidade.
Lima, aliás, terá a denúncia contra ele por corrupção no enfrentamento à pandemia julgada pelo STJ na manhã desta quarta. O clima entre ministros da Corte ouvidos pelo Radar é bem pesado para o governador.