Força Nacional vira ‘quebra-galho’ do governo na proteção de indígenas
Com o sistema de fiscalização negligenciado no atual governo, operações policiais tornaram-se cada vez mais recorrentes em terras indígenas
Veja como o avanço descontrolado da criminalidade contra povos indígenas acaba se voltando contra a máquina federal, que deveria investir na proteção dessas comunidades, mas vem negligenciando o tema desde a chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto.
Só no primeiro semestre deste ano, o ministro da Justiça, Anderson Torres, assinou mais de vinte decretos (estão todos no Diário Oficial da União para quem quiser pesquisar) autorizando ou prorrogando operações da Força Nacional de Segurança na garantia da lei e da ordem em áreas indígenas da Amazônia e de outros estados com conflitos, como o Rio Grande do Sul.
A violência contra os indígenas faz com que até órgãos federais como a Funai e o Ministério da Saúde demandem segurança policial para poderem atuar nas terras indígenas, tomadas de criminosos metidos com garimpo, contrabando de madeira, grilagem de terras…
As vítimas mais recentes dessa ausência de Estado foram Bruno Pereira e Dom Phillips, assassinados no interior do Amazonas.