O senador Flávio Bolsonaro comentou há pouco a prisão de Milton Ribeiro e criticou a “clara tentativa [da oposição] de usar eleitoralmente esse fato em que há suspeita sobre o ex-ministro”, mas disse que o governo está “muito tranquilo”. O filho de Jair Bolsonaro aproveitou para tentar desviar o foco chamando o ex-presidente Lula, principal adversário do pai nas eleições desse ano, de “o maior ladrão desse país”.
“Olha a diferença de postura: enquanto o Bolsonaro afasta o ministro, a Polícia Federal faz a investigação isenta, independente, sem interferência, nos governos passados, como aconteceu no caso da Dilma, ela tenta promover o Lula a ministro para que ele não fosse preso por corrupção”, declarou o senador.
Na verdade, foi o ex-ministro da Educação que apresentou um pedido de demissão e foi exonerado “a pedido”, no fim de março. Bolsonaro, inclusive, disse dias depois que ele havia saído “temporariamente” do cargo.
Flávio então ensaiou uma defesa de Ribeiro, alegando que as investigações começaram a partir de uma denúncia do próprio ex-ministro à CGU. O esquema foi revelado em reportagens dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
“Então o governo está muito tranquilo, esperamos que as investigações aconteçam de uma forma isenta e que o ex-ministro Milton possa prestar os esclarecimentos, porque o que todos nós sabemos até agora é que foi o próprio ex-ministro quem denunciou à Controladoria-Geral da União que havia a suspeita de que algo errado pudesse estar acontecendo no seu ministério”, declarou.
“Foi o próprio ex-ministro que, em seu primeiro depoimento, colocou no papel que o presidente Bolsonaro não tem absolutamente nada a ver com as suspeitas que estão recaindo sobre ele nesse momento. Então estamos bastante tranquilos e pedimos aí que a justiça seja feita”, concluiu o primogênito do presidente, que coordena sua campanha à reeleição.