“Não há a menor possibilidade de engajamento das Forças Armadas em uma aventura. Estamos sob os ventos da democracia, e assim permaneceremos”. Esta é a leitura que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, fez ao Radar sobre o mal estar provocado pela troca do comando das forças esta semana.
Para o decano do STF, Jair Bolsonaro tem “todo o direito de reformular” seus ministérios, mas que o problema, muitas vezes, é a forma como esses movimentos acontecem: “gera uma certa perplexidade”.
“Ninguém tem saudade daquele período. Eu vivenciei”, lembrou o ministro, em referência à ditadura militar de 21 anos vivida pelo Brasil.
O decano também falou ao Radar sobre o próximo julgamento rumoroso da Corte, o da decisão que anulou as condenações do ex-presidente Lula, marcado para o dia 14 de abril. “Quero ouvir o relator mais profundamente. O colegiado é sempre uma caixa de surpresas”, disse.
“Agora, estou curioso para acompanhar a evolução ou involução do voto da ministra Cármen Lúcia. Como entender? Talvez, somente colocando no divã”, lançou Marco Aurélio sobre a mudança de voto da colega no caso da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
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