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Em nota, PT diz que Israel ‘não tem moral para falar de direitos humanos’

Partido respondeu críticas da embaixada israelense no Brasil, que condenou a postura petista sobre o Hamas

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h33 - Publicado em 17 out 2023, 18h36
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    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann -  (Ichiro Guerra/PT)

    Um dia depois de o PT divulgar uma resolução sobre a situação na Palestina e Israel na qual condena o Estado de Israel por “realizar um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, a Embaixada do país no Brasil publicou uma nota oficial criticando a posição do partido. No fim da tarde desta terça, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, assinou um texto rebatendo a manifestação da diplomacia israelense com palavras duras: “não tem autoridade moral para falar em direitos humanos”.

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    O posicionamento petista, aprovado pelo Diretório Nacional nesta segunda, diz que o PT apoia, desde os anos 1980, uma luta do povo palestino pela sua soberania nacional, bem como a Resolução da ONU pela constituição de dois Estados Nacionais, o Estado da Palestina e o Estado de Israel, garantindo o direito à autodeterminação, soberania, autonomia e condições de desenvolvimento, com economia viável para a Palestina, buscando a convivência entre os dois povos, além de manter relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina sediada em Ramallah.

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    “O PT condena, desde a sua fundação, todo e qualquer ato de violência contra civis, venham de onde vierem. Por isso, condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realizam, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz o texto, que também alerta contra os riscos de uma escalada do conflito.

    No meio da tarde desta terça, a Embaixada de Israel em Brasília respondeu as declarações do PT afirmando que “qualquer pessoa que pense que o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas é uma posição política, ou que se trata apenas de uma luta política legítima, possui uma extrema falta de compreensão da atual situação”.

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    “É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos. Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, complementou a nota.

    O PT classificou a interpretação israelense como “totalmente falsa e maliciosa”, lembrando que condenou “os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel”. “E advertiu que a retaliação do governo de Israel configura ‘um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra’, como o corte de água potável, energia, alimentos e remédios, além de bombardeios contra a população civil”, acrescentou o texto, também assinado por Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT.

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    O partido então afirmou que, por volta das 15h30, enquanto a Embaixada de Israel divulgava a nota, “pelo menos 500 civis eram assassinados no bombardeio a um grande hospital em Gaza”. “Quem representa no Brasil o governo que fez um ataque desta natureza não tem autoridade moral para falar em direitos humanos”, diz a nota petista.

    Após o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmar que 500 pessoas morreram em um ataque ao hospital Al Ahli, na Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que hospitais “não são alvos” e acusaram o grupo aliado ao Hamas, a Jihad Islâmica Palestina, pelo disparo que causou a explosão mortal.

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    O PT continuou dizendo que “todos têm direito a defender seu povo, mas a busca por justiça não se confunde com vingança nem pode se dar por meio da Lei de Talião”. “A posição do PT é semelhante à da porta-voz da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani: ‘Não se pode ter uma punição coletiva como resposta aos ataques horríveis [do Hamas]'”, afirma a nota desta terça.

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    “Afirmar que o PT considera ‘o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas luta política legitima’, como faz a nota da embaixada, é uma atitude inaceitável por parte de quem tem a responsabilidade de representar no Brasil um país amigo. É um ataque injustificável a um partido que ao longo de sua história abriga militantes palestinos, árabes e judeus e defende a coexistência dos Estados de Israel e da Palestina”, conclui o texto.

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