Constituição rechaça autoritarismo, diz Pacheco em alusão a golpe de 1964
Ministério da Defesa publicou ordem do dia na qual classificou tomada de poder por militares como restabelecimento "da ordem" para impedir comunismo
O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se manifestou nesta quinta-feira contra o que chamou de “flertes” com o autoritarismo e defendeu que o país deve obedecer à Constituição.
Na noite da última quarta, o Ministério da Defesa publicou ordem do dia na qual lembrou o golpe militar de 1964 — que completa 58 anos em 1º de abril — como o restabelecimento “da ordem e para impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil”.
“A defesa da Democracia não permite retrocessos”, disse Pacheco nesta quinta. “O norte de uma Nação deve ser sempre o da estrita obediência à sua Constituição, forjada no anseio da formação de um país livre, cujo teor rechaça flertes, mesmo que velados, com posições autoritárias e que ferem as liberdades.”
A publicação da Defesa, assinada pelo agora ex-ministro general Walter Braga Netto, foi alvo de contestações. O PSOL protocolou uma representação no MPF alegando que o gesto é um “atentado contra o Brasil e contra a democracia”.