Marcado para esta quarta-feira pela CPI da Pandemia, o depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos — que representa no Brasil a fabricante indiana Bharat Biotech, responsável pela vacina Covaxin — foi adiado porque ele avisou que está de quarentena depois de ter retornado de uma viagem à Índia.
Maximiano já teve o sigilo telefônico e telemático quebrado pela CPI na semana passada. A participação dele nas negociações é alvo de suspeita entre os senadores, que consideram haver indícios evidentes que o governo brasileiro atuou para fechar contrato com a Bharat Biotech a partir do lobby de Maximiano. A operação, muito mais rápida que a de outras vacinas, é classificada, no mínimo, como “atípica” pelos integrantes da CPI.
Com mais uma mudança forçada de data, os senadores aproveitarão a reunião para votar 58 requerimentos, entre eles a convocação de representantes do Google e do Facebook.
Na semana passada, a CPI já teve que adiar os depoimentos do empresário Carlos Wizard (ausente) e do servidor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques (cuja oitiva foi adiada por conta da votação da MP da Eletrobras).
Nesta semana, a ministra Rosa Weber suspendeu o depoimento de nove governadores que deveriam comparecer ao Senado. Até o momento, 20 pessoas já foram à comissão.