Quase cinquenta dias depois de Manoel Silva Rodrigues ter sido preso, na Espanha, com 39 quilos de cocaína no avião reserva de Bolsonaro, o caso tornou-se um assunto proibido no governo. Ninguém está autorizado a falar.
Defensor de Rodrigues, Alexandre Klomfahs pediu ao Ministério da Justiça, de Sergio Moro, ajuda com a possível extradição, mas a pasta lavou as mãos. Pediu o mesmo à Justiça Militar de Brasília que negou o pedido.
Klomfahs classifica o processo como “estranho” e tem buscado contato com seu cliente. Chegou a enviar uma correspondência para ele na Espanha, e está no aguardo.
“No processo não há requerimentos de diligências. A defesa não foi comunicada de entrada no apartamento dele. Não tem nenhum documento que prova, como filmagem, nada mencionado no processo. Muito preocupante”.
O advogado do sargento não sabe se o cliente está incomunicável. A correspondência que enviou já deve ter chegado ao destino.
“Não quero investir de ir lá e não falar com ele. Fizemos esse teste do correio. Se ele responde”.