Catadores de lixo cobram dos governantes a retomada das atividades
Além do prejuízo financeiro às famílias, a paralisação compromete a coleta seletiva de recicláveis.
Milhares de catadores e catadoras de todo o Brasil estão parados há cerca de 90 dias. O motivo é a pandemia que tem afetado diretamente a coleta seletiva de recicláveis e o sustento de suas famílias.
Roberto Laureano, presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), cobra dos governantes o reconhecimento da essencialidade da atividade pelas questões sanitárias. “É contraditório considerar a coleta convencional como serviço essencial, enquanto a seletiva fica de fora”, argumenta.
Recentemente, frentes parlamentares do Congresso e mais 35 entidades de diversos setores se manifestaram pela preservação das condições de trabalho desses profissionais.
“Nossa atividade parada não só é prejudicada pelo impacto financeiro das famílias, mas também pelo retrocesso ambiental do país com acúmulo nos lixões. Esse importante serviço prestado pelos catadores precisa ser reconhecido e remunerado” enfatiza.