Oito anos depois, Geraldo Brindeiro pode voltar ao cargo de procurador-geral da República. Isso mesmo. Se Dilma Rousseff não nomear o substituto de Roberto Gurgel ou reconduzi-lo até o dia 22, a chefia da instituição será exercida interinamente pelo subprocurador Eugênio Aragão até a escolha.
Pelo regimento do MP, Aragão exerceria um mandato-tampão por ser vice-presidente do Conselho Superior. Só que Aragão não se reelegeu para o colegiado, cujos novos subprocuradores-conselheiros tomam posse em 9 de agosto. Na linha sucessória, Geraldo Brindeiro, por ser o decano, é quem chefiará os procuradores.
À primeira vista, parece uma hipótese remota. Mas não é. Além de Dilma indicar o novo procurador-geral, o escolhido tem que ser aprovado em sabatina feita pelos senadores.
O problema é que faltam apenas duas semanas para o recesso parlamentar, sem sinal de indicação e ainda com a votação da LDO galvanizando as atenções dos congressistas.