Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que na conversa que terá com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no próximo dia 18, dará uma sugestão para a solução da guerra com a Rússia, que se arrasta por quase cinco meses.
Ele não disse textualmente, mas deu a entender que o ideal seria que a Ucrânia se submetesse à Rússia e negociasse um cessar fogo para o conflito. O presidente brasileiro insinuou que havia o risco de a história repetir o exemplo da guerra do Reino Unido contra a Argentina, em 1982, pelo controle das Ilhas Malvinas (ou Falklands), arquipélago a 500 km da costa argentina.
O conflito durou dois meses e terminou com as tropas argentinas, governadas à época por uma ditadura militar, massacradas em um cerco à cidade de Port Stanley, o que levou o país latino à rendição. Até hoje a Argentina não tem o controle do território que reivindica como seu por direito.
“Vou dar a minha opinião a ele sobre o que eu acho. A solução para o caso (guerra). Eu sei como seria a solução do caso, mas não vou adiantar. A solução do caso… Como acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido em 1982? É por aí. A gente lamenta. A verdade é algo que dói, machuca, mas você tem que entender. Foi ele (Zelensky) quem buscou a conversa conosco. Eu disse de imediato que conversaria com ele, sim. Ele tem um país grande para administrar. Tudo o que foi acordado com o presidente (Vladimir) Putin está sendo cumprido. Da minha parte e da parte dele. Vou conversar bastante com ele (Zelensky). É uma liderança e vou dar minha opinião para ele. Essa guerra tem causado transtorno não só para o Brasil. Para o Brasil menos. É muito mais para a Europa”, disse em entrevista concedida à CNN Brasil em Imperatriz (MA).