Associação de peritos federais vê com preocupação nova troca na PF
A corporação tem o quarto chefe em pouco mais de três anos
A terceira troca no comando da PF em pouco mais de três anos, anunciada nesta sexta-feira, já começa a provocar reações por parte de entidades ligadas à corporação. O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, disse ver a mudança com preocupação.
O delegado Paulo Maiurino, que assumiu em abril do ano passado, foi substituído por Márcio Nunes, que era o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o braço direito do ministro Anderson Torres.
Segundo ele, o fato de a Polícia Federal ter o quarto chefe em um período “relativamente curto de tempo acaba inviabilizando a execução e a elaboração de projetos de médio e longo prazo, e acaba também fragilizando a própria atuação da instituição”.
“É importante termos em mente que a possibilidade de trocar um diretor-geral não deve ser entendida como um salvo-conduto para que essa troca seja feita de forma constante e sem a apresentação de critérios claros e objetivos para isso”, declarou o líder da APCF.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) também se manifestaram, desejando uma a Nunes “gestão de de êxito à frente da Polícia Federal e na valorização dos policiais federais”.
Apesar de destacar a “vasta experiência” e o currículo “condizente com as responsabilidades e desafios do cargo” do novo diretor-geral, as entidades destacaram que “sucessivas trocas no comando da instituição geram consequências administrativas e de gestão, que podem prejudicar a celeridade e a continuidade do trabalho de excelência apresentado pela PF”.