As sabatinas que podem deixar Lula a um voto da maioria no Banco Central
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado analisa indicações de Rodrigo Alves Teixeira e Paulo Pichetti à autoridade monetária
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado analisa nesta terça-feira as indicações, feitas por Lula, de Rodrigo Alves Teixeira e Paulo Picchetti, às diretorias de Relacionamento e de Assuntos Internacionais do Banco Central, respectivamente.
Como já havia indicado, este ano, Gabriel Galípolo (diretor de Política Monetária) e Ailton de Aquino Santos (diretor de Fiscalização), o petista deve ficar a um voto da maioria nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que tem nove assentos.
Na campanha eleitoral e nos primeiros de governo, Lula personificou seus ataques aos juros altos na figura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mais recentemente, o petista fez um afago público ao economista, que participou da instalação da Comissão Nacional do G20, no Palácio do Planalto.
Teixeira e Picchetti foram escolhidos para as vagas de Mauricio Moura e Fernanda Guardado, cujos mandatos terminam em 31 de dezembro. Na reunião do Copom em agosto, ambos votaram por um corte menor da Taxa Selic, de 0,25 ponto percentual. Por cinco votos a quatro, a decisão acabou sendo cortá-la em 0,50 ponto percentual.
O Copom se reúne mais uma vez neste ano, em 12 e 13 de dezembro.