Há cerca de duas semanas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite pediu o fim das restrições da ApexBrasil a três vinícolas gaúchas que se beneficiaram de mão-de-obra análoga à escravidão ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, como mostrou o Radar.
Nesta quarta-feira, a diretoria executiva Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos aprovou uma resolução que revoga a suspensão das empresas Vinícola Aurora, Cooperativa Vinícola Garibaldi e Vinícola Família Salton das atividades do Projeto Setorial Brazil Wines e de outras apoiadas pela entidade.
Assinado pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e pelos diretores de Negócios, Ana Repezza, e de Gestão Corporativa, Floriano Pesaro, o ato determinar que a Coordenação de Prevenção, Ouvidoria e Transparência da agência monitore mensalmente o cumprimento dos compromissos assumidos publicamente pelas vinícolas e nos
documentos apresentados à Apex-Brasil e informe o andamento à diretoria executiva.
As empresas gaúchas foram penalizadas após o resgate, no dia 22 de fevereiro, de mais de 200 trabalhadores da colheita da uva em condições análogas à escravidão, em um abrigo de Bento Gonçalves (RS), mantido por uma terceirizada. As vinícolas pagaram 7 milhões de reais de indenização por danos morais, multa estipulada pelo Ministério Público do Trabalho.