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Por Robson Bonin
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Advogado de Zé Dirceu ‘defende’ direito de Dallagnol de ser candidato

Para Roberto Podval, no entanto, os acusados pelo ex-procurador também têm direito de terem seus casos anulados

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2021, 16h28

Advogado de personalidades tão distintas quanto os ex-ministros Zé Dirceu e Ricardo Salles, o criminalista Roberto Podval viu como legítima a decisão de Deltan Dallagnol de deixar o MPF e entrar para a política. Para ele, inclusive, as críticas ao agora ex-procurador que denunciou seu cliente petista na Operação Lava-Jato são, inclusive, “infundadas”.

“É claro que tem o ex-procurador o direito de abandonar a função pública e buscar novos caminhos”, comentou Podval ao Radar.

Mas a constatação do advogado não para por aí.

“Por outro lado, o abandono da função pública nos dá o legítimo direito de indagar: quanto não teria se utilizado o então procurador de suas funções e poderes para alcançar seus objetivos pessoais? Quando Dallagnol resolveu se aventurar em outros caminhos? Foi antes de sua busca incansável pelo que entendeu chamar como ‘Justiça’? Foi antes ou depois de forjar elementos de prova, de intimidar acusados ou de buscar convalidar depoimentos claramente nulos?”, questionou o criminalista.

Para Podval, cabe perguntar ainda se Dallagnol “perseguiu incansavelmente a mídia e os holofotes para sua promoção pessoal e futura” e se isso foi calculado. Ele então citou o exemplo do ex-juiz Sergio Moro, que abandonou a magistratura para ser ministro da Justiça de Bolsonaro e deve se filiar ao Podemos na semana que vem, para entrar na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022.

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“Assim como ficou claro em relação a Sergio Moro, havia um caminho previamente traçado, um objetivo a ser conquistado? As condenações decorrentes da atividade desse ex-procurador devem ser mantidas? São elas justas, nos termos da lei? As investigações, processos e condenações devem prevalecer? Não estávamos, na verdade, diante de uma clara e evidente parcialidade por parte não só do julgador, mas também do acusador?”, continuou a indagar o advogado.

O defensor de Dirceu — e do bolsonarista Ricardo Salles, entre outros — concluiu na sequência que, assim como Dallagnol tem direito de buscar um futuro na política, “todos os acusados que sobreviveram às investidas previamente ajustadas e concatenadas da dupla Moro e Dallagnol também têm o direito de terem seus casos anulados, suas penas canceladas e seus processos revistos”.

“Ambos foram longe demais. Podem sim buscar, legalmente, o direito de serem eleitos. Já moralmente…”, provocou o advogado.

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