A sobrevida da CPI do MST
Cúpula da Comissão espera encontrar evidências bombásticas que depõem contra o movimento em diligência na Bahia
Há duas semanas, após derrotas da oposição em um dos maiores palcos de desgaste do governo no Congresso, a CPI do MST estava por um triz. O relator Ricardo Salles (PL-SP) disse que poderia apressar o relatório da Comissão para a semana seguinte.
As declarações ocorreram após partidos com negociações avançadas para integrar o primeiro escalão do governo Lula após a reforma ministerial retirarem deputados mais combativos do colegiado. Na mesma semana, o ministro Rui Costa (Casa Civil) não compareceu à Comissão, autorizado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.
De lá para cá, a CPI ouviu dois ministros — Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) — e o líder nacional do MST, João Pedro Stédile. No fim desta semana, a CPI deve fazer uma nova diligência com a expectativa de encontrar revelações bombásticas contra o movimento.
Os parlamentares visitam, entre a quinta-feira e o sábado, ocupações na Bahia. Ex-assentados relataram à CPI casos de extorsão e outras violências nesses acampamentos.
O relatório deve ser apresentado, portanto, na próxima semana. O prazo para encerramento dos trabalhos da Comissão se encerra no dia 14 de setembro, data que não deve ser prorrogada.