À PF, Bolsonaro reclama que Moro não investigou facada e Adélio
Presidente prestou depoimento nesta quarta-feira no inquérito que investiga interferência na Polícia Federal
No depoimento que Jair Bolsonaro deu à Polícia Federal na noite desta quarta no inquérito que investiga suspeitas de interferência suas na própria PF, o presidente disse que cobrou seu então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, uma investigação mais “célere e objetiva” sobre o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro, segundo consta no termo de declaração, não teria observado “nenhum empenho do ex-ministro Sergio Moro em solucionar o assunto”.
Apesar de reconhecer em depoimento que participou de uma apresentação do delegado da PF responsável pela investigação na presença de Moro, o presidente afirmou que “não fez nenhum tipo de pedido na direção da investigação ou qualquer outra interferência no andamento dos trabalhos”.
Como se sabe, Adélio Bispo, autor da facada contra Bolsonaro, foi considerado pela Justiça Federal como inimputável por ter problemas psiquiátricos, em decisão de maio de 2019. O presidente, que está representado no processo como parte interessada, não recorreu da decisão, apesar de ter tido a oportunidade de fazê-lo. A primeira investigação da PF sobre o ataque concluiu que o agressor agiu sozinho.