‘Pernambuquério’ de Temer causa reviravolta política no Estado
Já apelidado em Brasília de “pernambuquério”, dada a grande quantidade de políticos pernambucanos de diferentes partidos com cargos importantes, o primeiro escalão de Michel Temer já provoca reviravoltas na política do Estado — que já sofrera um abalo grande desde 2014, com a morte de Eduardo Campos. O governador Paulo Câmara e o prefeito do […]
Já apelidado em Brasília de “pernambuquério”, dada a grande quantidade de políticos pernambucanos de diferentes partidos com cargos importantes, o primeiro escalão de Michel Temer já provoca reviravoltas na política do Estado — que já sofrera um abalo grande desde 2014, com a morte de Eduardo Campos.
O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB de Campos, reagiram à nomeação de potenciais adversários à manutenção do projeto de poder do partido no Estado. Tanto Bruno Araújo, que vai para Cidades, quanto Mendonça Filho, que assumirá Educação, eram aliados do governador, mas seus partidos têm candidatos fortes à sucessão municipal na capital.
Câmara exonerou na quarta-feira indicados do PSDB e do DEM, partidos dos dois novos ministros de Temer. Os tucanos reagiram oficializando a candidatura do deputado federal Daniel Coelho para concorrer com Geraldo Julio. O DEM também tem pré-candidata: Priscila Krause, filha do ex-ministro de FHC Gustavo Krause.
Não só a ascensão de políticos de outros partidos incomoda Paulo Câmara: o governador também trabalha contra a nomeação de um deputado do próprio PSB de Pernambuco.
Ele não quer que o deputado Fernando Coelho Filho, filho do senador Fernando Bezerra, seja ministro de Minas e Energia. A ideia é não fortalecer o grupo de Bezerra Coelho, que não é o mesmo do governador e do prefeito, dentro do PSB.