Os investidores estrangeiros parecem estar decididos a voltar a aplicar recursos no Brasil — ao menos é o que indica a entrada líquida de 25 bilhões de dólares, registrada até 18 de novembro. Para um único mês, este saldo já é a maior entrada líquida de recursos estrangeiros na bolsa na história.
E este movimento casou com um outro, iniciado por investidores institucionais, de se desfazer de algumas posições relevantes. Por exemplo, esta semana o BNDES vendeu importante parte de sua posição na Vale — cerca de 16%. Sem um investidor estrangeiro, não haveria liquidez suficiente para absorver tamanha venda sem uma desvalorização abrupta do papel. Está acontecendo algo semelhante na desova que o Itaú está causando nas ações da International Meal Company (IMC), dona das redes Pizza Hut, KFC e Frango Assado no Brasil. De duas semanas para cá, o fundo Phoenix, gerido pela Itaú Asset, saiu de uma posição de 25% para 7% no capital social do grupo. Os papeis se mantiveram estáveis, apesar da baixa liquidez da ação.
A volta do “gringo” é importantíssima sob diversos aspectos da economia brasileira. Seu interesse afeta o câmbio, desempenho das empresas e fortalece o mercado de capitais. Resta torcer para que o retorno dos estrangeiros se mantenha.
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