A Petrobras confirmou na noite desta segunda-feira, 29, que o gerente de recursos humanos, Claudio da Costa, foi demitido da empresa por negociar ações tendo acesso a informações privilegiadas. A prática é conhecida por “insider information”. Mais cedo a Revista Crusoé havia divulgado a informação de que Costa vendeu ações da empresa no auge da crise quando o presidente Jair Bolsonaro demitiu Castello Branco. A assessoria de imprensa, no entanto, havia negado que Costa, homem de confiança do ainda presidente da estatal, Roberto Castello Branco, tivesse sido demitido por justa causa.
Mas agora o fato relevante da própria companhia diz que o gerente foi desligado “por ter atuado, em episódio pontual, em desacordo com o disposto na Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários, que veda a negociação de valores mobiliários de emissão da Petrobras por Pessoas Vinculadas nos 15 dias que antecedem a divulgação das demonstrações financeiras da companhia”. O período coincide com a decisão de Bolsonaro que levou a uma queda brusca de mais de 20% no valor das ações. Costa também deixa o cargo de Conselheiro de Administração Transpetro. O cargo será ocupado interinamente por Pedro Brancante que hoje é chefe do gabinete da Presidência.
Leia também:
- Bolsonaro escolhe novo chefe do Itamaraty e anuncia outros nomes.
- Pujol reúne alto comando do Exército para tratar de possível saída.
- Demissão de Azevedo abre intervenção política de Bolsonaro na área militar.
- ‘Bolsonaro pediu o cargo’, diz aliado de Fernando Azevedo.
- Escolha de diplomata de carreira como chanceler traz alívio ao Itamaraty.