O presidente do sindicato nacional dos funcionários do Banco Central, Fabio Faiad, diz que a categoria já está se mobilizando em protesto ao reajuste previsto para policiais e que não contempla a todos os servidores. “Campos Neto (presidente do BC) não entrou em campo como deveria, assim como fizeram os diretores da polícia federal e polícia rodoviária federal”, diz Faiad. O sindicato prepara um cronograma de mobilizações para o próximo ano para pressionar o governo a liberar crédito extra para os servidores do BC. Até amanha, a ideia é enviar uma mensagem formal ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A ciumeira por conta do reajuste previsto a policiais, aprovada ontem pelo Congresso com o Orçamento de 2022, é uma crise anunciada e que foi fabricada pelo governo. O presidente Jair Bolsonaro foi quem batalhou para dar o reajuste a policiais, em detrimento de outras categorias. O Congresso aprovou 1,7 bilhão de reais para dar aumento a policiais. Auditores fiscais e consultores tributários da Receita Federal já anunciaram paralisações por conta do descumprimento de um acordo feito pelo governo para bônus de produtividade e por corte no orçamento da Receita em 2022. Dezenas de chefes e delegados pediram exoneração na manhã desta quarta-feira, 22.
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