No processo de fritura do ex-presidente da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse que tinha que mudar a política salarial da empresa porque ele achava que os executivos estavam ganhando muito. Dois meses depois, a nova diretoria vai assumir e nada mudou na política salarial da empresa. Com o aval da União, a assembleia de acionistas da Petrobras aprovou ontem um aumento de 8,5% no orçamento da remuneração total dos administradores da companhia. Em 2020, foi aprovado cerca de 43 milhões de reais e neste ano por volta de 47 milhões de reais. Significa que os salários dos administradores vão aumentar? Não. Porque a base fixa da remuneração não sofre reajuste desde 2016 e vai seguir assim na nova gestão.
Além disso, os orçamentos aprovados em assembleia também contemplam pagamentos de indenização no caso de saída de administradores. Em 2020, por exemplo, somente 60% do orçamento de 43 milhões de reais foi efetivamente usado para pagar administradores. Neste ano, o percentual pode ser maior porque serão pagas indenizações para os administradores que saíram.
Mas, no fim das contas, o novo presidente, general Joaquim Silva e Luna vai ganhar mais que Castello Branco? Pode até ganhar porque parte da remuneração prevista dos executivos é variável e depende de metas.
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