VEJA Mercado | Fechamento | 25 de janeiro.
Tem sido comum neste ano a bolsa brasileira descolar do exterior durante o pregão e fechar em alta, enquanto os mercados lá fora amargam perdas. Não foi diferente nesta terça-feira. Os principais índices americanos fecharam em queda, à espera do resultado da reunião do banco central americano, o Fed. Já a bolsa brasileira subiu mais de 2% superando os 110 mil pontos, que não atingia desde outubro. No ano, todos os principais índices americanos e europeus estão em queda enquanto o Ibovespa está se valorizando em cerca de 6%.
Um importante gestor de fundos disse à coluna que isso tem acontecido porque diante do cenário de alta de juros no mercado americano o investidor está fugindo das empresas de tecnologia e as apostas mais promissoras têm sido em empresas ligadas a commodities e bancos, o que beneficia diretamente o Brasil. Além disso, a China está com um plano de recuperação da economia que igualmente beneficia países ligados ao setor de commodities. No pregão de hoje, o Ibovespa foi subindo junto com a alta da Petrobras que seguiu na esteira da alta dos preços do petróleo e dos bancos. Petrobras subiu 3,26% e Itaú subiu 3,6%, por exemplo.
O apetite do investidor também pode ser visto em números. Nos primeiros 21 dias de janeiro, o investidor estrangeiro aportou, em termos líquidos, 20 bilhões de reais na bolsa brasileira. A última vez que entrou tanto dinheiro para negociar assim na bolsa foi em janeiro do ano passado.
Outra notícia positiva foi o convite para que o Brasil ingresse na OCDE. De alguma forma, isso pode favorecer novos acordos comerciais para o país. Mas alguns operadores não acreditam que essa tenha sido a notícia propulsora do pregão. O Ibovespa encerrou o dia com alta de 2,1% e o dólar caiu negociado a 5,43 reais.
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