VEJA Mercado | Fechamento semanal | 11 de outubro a 15 de outubro.
Em uma semana mais curta em termos de pregões por causa do feriado, o Ibovespa negociou com mais tranquilidade e conseguiu avançar 1,6% no acumulado do período. Sem grandes estresses em Brasília ou atritos entre os poderes, o mercado tenta reagir nos números, mas, ainda assim, a inflação e os juros são pedras no sapato que trazem incertezas e algum ceticismo aos analistas. “Ter pouca visibilidade, ou quase nenhuma, nesse campo, é, sem dúvida, o grande entrave para o índice voltar a subir de forma mais consistente”, avalia Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital. Imune ao cenário doméstico, a cotação do petróleo segue em escalada e beneficia as empresas do setor no Brasil. O brent fechou a semana a 84,8 dólares o barril, e as ações de Petrobras e Petrorio avançaram 2% no acumulado.
Lá fora, as bolsas norte-americanas também acumularam ganhos na semana em função dos resultados expressivos apresentados pelas companhias no terceiro trimestre. Espera-se que os bons números se repitam no Brasil, e possam se transformar em um catalisador dos papéis na reta final do ano. “As ações de alguns setores não têm mais para onde cair, mesmo diante de bons resultados nos últimos trimestres. A combinação entre bolsa barata e balanços expressivos pode provocar um rali interessante na parte final do ano, como costuma acontecer historicamente nesse período”, diz Rodrigo Barreto, analista da Necton.
No campo do dólar, a semana foi marcada por dois leilões bilionários de swap cambial do Banco Central no mercado, uma tentativa de frear os constantes avanços nos últimos meses. De fato, a moeda cedeu, mas ainda continua em patamar elevado. Na semana, a moeda americana recuou 1,1% frente ao real, a 5,454 reais.