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Por Paulo Cezar Caju
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
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Botafogo segue o caminho do Cruzeiro – ou seria o da Portuguesa?

Grandes clubes do país vêm sendo destruídos por dirigentes, sanguessugas, destruidores de patrimônio e coveiros da memória

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jan 2021, 16h25 - Publicado em 11 jan 2021, 13h22

Quando o Vasco fez 1 x 0 fui dormir porque sei que o Botafogo não tem time para reverter um resultado e, pela manhã, não fiquei surpreso ao concluir o placar final: 3×0. Tenho 71 anos e ao longo dessa estrada venho acompanhando as destruições causadas pelos dirigentes, sanguessugas, destruidores de patrimônio, coveiros da memória. Vocês têm notícia de algum presidente, diretor, gerente, conselheiro ou vice preso? Não estão encarcerados e, pior, aproveitam-se da popularidade de alguns desses clubes, candidatam-se a cargos políticos. E me expliquem o que leva alguém a querer administrar, presidir, um clube falido?

Os clubes trocam de técnico como se bebe água, acumulam dívidas e deixam o abacaxi para as administrações seguintes. A CBF deveria dar uma freada nessa dança de cadeiras, pois é um jogo de interesses que só prejudica as instituições porque de alguma forma essas dívidas terão que ser pagas. E aí começa a dilapidação do patrimônio. Na segunda divisão, isso foi vergonhoso. Outro dia, vi a Portuguesa de Desportos comemorar a vitória em um torneiozinho. Portuguesa, de Enéas, Leivinha, Marinho Peres, Ivair, Badeco, Elói, Dener, Zé Maria, Djalma Santos, Julinho e Servilho. Jairzinho, o Furacão da Copa, já atuou pelo Noroeste. Por onde anda esse clube?

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Muitos jogadores em fim de carreira atuaram pelo Nacional e Rio Negro, ambos de Manaus, pelo Operário, de Mato Grosso, e tantos outros. Os clubes estão minguando, a história se esvai pelos bueiros e ninguém faz nada. Os estádios são reduzidos, a torcida migra para outras modalidades e só nos restam as lembranças. O Cruzeiro correu o risco de cair para a terceira divisão, os times do subúrbio carioca foram soterrados por administrações desastrosas.

O Botafogo vinha falando de clube empresa e aguardava cair do céu a ajuda de uma família rica. “Quem dorme sonha, quem trabalha conquista” ensina a mensagem que vem colada aos pacotes de balas, que os meninos penduram nos retrovisores dos carros, nos sinais de trânsito. Botafogo, Portuguesa e Cruzeiro já conquistaram, viveram dias de glória, mas pelo jeito seus últimos presidentes não seguiram os ensinamentos da garotada dos sinais e agora estão engarrafados, sem saída, presos em um sinal vermelho que talvez não fique verde nunca mais.

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