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O dia em que minha filha me ensinou a ser livre

'Enquanto estudava, não deixei de ser uma boa mãe, pois servi de exemplo para minha filha.'

Por Elika Takimoto
Atualizado em 8 mar 2017, 17h13 - Publicado em 8 mar 2017, 17h09
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  • Lembro-me que ao terminar o mestrado e doida para ingressar no doutorado fui freada pela minha ex-sogra que me veio cheia de preocupações e, a seu modo, com boas intenções: você só está olhando para você, seu marido precisa de atenção, você está abandonando a sua família, sua filha está ficando adolescente e está ficando sem mãe!, depois não diga que não avisei!

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    Boba que sou, pensei em desistir. De parar de estudar. Minha filha Nara, ainda uma criança na época, percebendo que eu estava muito tempo em casa, questionou:

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    Você não está fazendo mais nada?
    — Não. Acabou. Mamãe agora vai ficar mais tempo com você. Não é legal?
    — Puxa… o que eu vou dizer agora para as minhas amigas?
    Como assim? Perguntei sem entender.
    Quando você fazia mestrado, eu dizia orgulhosa que você estava estudando. Que ia, como é mesmo o nome do que você fez? Isso, que estava se preparando para a defesa e coisa e tal. E agora… o que vou dizer sobre você?

    Era tudo o que precisa ouvir. Naquele mesmo dia, mandei um e-mail marcando uma hora para conversar com aquele que foi o meu orientador.

    Agora vejam, enquanto estudava, não estava deixando de ser uma boa mãe, pois estava sendo um exemplo para minha filha.

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    No Dia Internacional da Mulher, desejo que menos culpa seja colocada na nossa conta. Que tenhamos paz para estudar, para ler e escrever. E que se der na louca de uma esposa querer ter uma vida acadêmica em pleno matrimônio, que a sogra converse com o seu filho para compreendê-la e apoiá-la.

    Que as mulheres se ajudem nesse sentido e que a responsabilidade de um casamento feliz ou de uma separação pare de ser só (ou principalmente) da mulher. Isso, penso eu  coisa rara de se observar na nossa sociedade que aponta o dedo para a mulher por tudo de errado que acontece dentro de um lar , seria um grande exemplo de igualdade.

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    Texto publicado originalmente publicado por Elika Takimoto, professora e coordenadora de Física do CEFET-RJ e escritora, em seu Facebook. 

    ** Gostaria de publicar um texto? Envie-o para ione.aguiar@abril.com.br para avaliação. 

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