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Ele batalha, emprega pessoas, paga impostos. E agora foi saqueado

"Essa é a face de quem é massacrado de todas as formas pelo estado, todos os dias"

Por Ione Aguiar Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 16 fev 2017, 19h47

Este, aí em cima, é um típico empresário brasileiro gerador de empregos.

Aquele chamado de “explorador” por gente que nunca trabalhou na vida. Aquele que tem que lidar com toda uma sopa de letrinhas como IR, ICMS, PIS, Cofins, CSLL, INSS, FGTS e similares para sustentar políticos e burocratas. Aquele que acorda cedo, abre sua lojinha todas as manhãs e aguarda para atender as necessidades de outras pessoas em troca de pão na própria mesa.

Aquele que é perseguido por regulações sem sentido, leis estúpidas, fiscais corruptos, mudanças tributárias constantes e toda sorte de invenção do estado para atrapalhar sua vida. Aquele que não tem acesso ao BNDES, não tem contatos no governo para liberar um subsídio e nem consegue uma medidinha provisória para impedir a concorrência.

O cara que rala, batalha, corre, vende, compra, toma prejuízo e vende fiado, tudo para fazer uma simples troca voluntária: o produto que ele oferece em troca do sustento da família.

Durante a greve da PM, esse empresário teve sua loja saqueada por bandidos no Espírito Santo. Todos os seus relógios foram levados. Desarmado pelo estado, nada poderia fazer mesmo que estivesse presente no momento do roubo.

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Muito provavelmente sem seguro — muito caro porque o governo regula quem pode atuar ou não no setor — terá que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar novos relógios e criar um novo mostruário para venda. Se não tiver dinheiro para isso, a solução será fechar a loja, amargar os prejuízos e descobrir como sobreviver.

Essa é a face de quem é massacrado de todas as formas pelo estado, todos os dias. A face de quem às vezes pensa em desistir de ganhar seu sustento num país que não respeita quem gera empregos e exalta bandidos todos os dias.

A face de gente simples que mereceria viver em um país decente, um país melhor, um país mais livre.

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“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)

*Texto originalmente publicado no Facebook de Marcelo Faria, 31, Presidente do Instituto Liberal de São Paulo.

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