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Distância entre candidatos ao governo e ao Senado marca negociações no PR

Disputas locais também têm dificultado a formação de palanques para os presidenciáveis no estado

Por Guilherme Voitch Atualizado em 30 jul 2020, 20h23 - Publicado em 20 jul 2018, 19h22

Com o início do prazo para as convenções partidárias nesta sexta-feira, as negociações de alianças eleitorais no Paraná têm sido marcadas pela distância entre os principais concorrentes ao governo do estado e ao Senado, além da dificuldade adicional de se garantir palanques aos candidatos à Presidência da República.

A atual governadora Cida Borghetti (PP), candidata à reeleição, é a única que oficialmente já definiu seus candidatos ao Senado:  Beto Richa (PSDB), de quem era vice até o início de abril, e o deputado federal Alex Canziani (PTB). Até o momento, é a chapa com o maior tempo de propaganda na televisão (doze minutos por dia)

A relação de Cida e de seu marido, o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, com Richa e o entorno tucano, porém, não é boa. Vários aliados do ex-governador foram demitidos ou tiveram de deixar o governo dela nos últimos meses, quando pipocaram denúncias envolvendo o próprio Richa e pessoas ligadas a ele.

Os tucanos acusam a atual governadora de quebrar acordos firmados por Barros e Richa, quando este ainda era governador do estado. Do lado de Cida, aliados afirmam que o desgaste provocado pelas denúncias enfrentadas pelo tucano prejudicam a imagem dela.

Não por acaso, a presença dos dois juntos em eventos políticos tem diminuído. Ao mesmo tempo, deputados próximos a Richa trabalham para empurrar Canziani para ser vice de Cida, abrindo espaço para o ex-governador, que ganharia tempo de televisão e um arco de alianças só para ele.

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Na eleição presidencial, com o acordo entre partidos do Centrão e Geraldo Alckmin (PSDB), a tendência é de que Cida dê palanque ao tucano. A popularidade da candidatura de Alvaro Dias (Podemos) no estado, no entanto, tem deixado os candidatos ao governo comedidos. A própria Cida declarou a VEJA que via “com simpatia” a candidatura do atual senador.

No lado do deputado estadual Ratinho Júnior, pré-candidato do PSD, ainda não há definição sobre uma chapa com candidaturas ao Senado. Ex-secretário de Richa, ele tem buscado se distanciar do tucano e se apresentar como uma “terceira via”. O filho do apresentador ensaiou uma aproximação com o deputado federal Fernando Francischini (PSL), que busca palanque para a sua candidatura ao Senado e para a candidatura de Jair Bolsonaro.

A conversa chegou a um impasse. Do lado de Ratinho Júnior, Francischini é acusado de fazer jogo duplo. Segundo um interlocutor do núcleo duro da campanha do pré-candidato ao governo, o deputado federal prometia “muita coisa de manhã e à tarde ia no Palácio Iguaçu negociar com Cida”. Já aliados de Francischini dizem que o deputado do PSD firmou um acordo branco com Beto Richa em seu prejuízo.

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A hipótese do núcleo de Francischini é que Ratinho Júnior negaria o palanque a ele, tirando um adversário de peso da disputa. Em troca, Richa colocaria parte de sua base de prefeitos para trabalhar pelo candidato do PSD, em detrimento de Cida. Na disputa nacional, a tendência é que a chapa de Ratinho não abra espaço para nenhum presidenciável. Embora o PSD apoie Alckmin, o tucano deve seguir mais próximo de Richa e de Cida.  Mesmo se o acordo com Francischini prosperar, dificilmente Ratinho subirá em um palanque com Bolsonaro.

Namoro complicado

Por fim, o ex-senador Osmar Dias (PDT) vive um namoro conturbado com o MDB do senador Roberto Requião. Osmar precisa da capilaridade do MDB no interior do estado e do tempo de televisão do partido. Os candidatos emedebistas, por sua vez, enxergam em Osmar um bom puxador de votos em uma eventual coligação. O único empecilho do acordo fica por conta do apoio explícito à candidatura de Requião ao Senado.

Embora seja considerado favorito num pleito com duas vagas, o ex-governador tem uma rejeição alta junto à classe média e ao agronegócio. A defesa enfática de Requião do ex-presidente Lula aumentou ainda essa indisposição em um estado onde grande parte da população apoia a Operação Lava Jato.

Ex-aliado dos governos petistas – Osmar ocupou uma diretoria no Banco do Brasil durante a gestão de Dilma Rousseff -, o pedetista antecipou a Requião que o acordo com o MDB não poderia envolver o PT de maneira alguma.

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No âmbito presidencial, a situação de Osmar Dias não é mais simples. Apesar de comparecer à convenção do PDT que oficializou a candidatura de Ciro Gomes nesta sexta-feira, ele já disse a VEJA que só faria campanha para o irmão, Alvaro Dias. A recíproca, porém, não é verdadeira. Apesar do laço familiar, a relação entre ambos sempre foi foi tormentosa.

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