Carismático e um dos integrantes mais divertidos do Foo Fighters, o baterista Taylor Hawkins, que foi encontrado morto, aos 50 anos, nesta sexta-feira, 25, em Bogotá, na Colômbia, era uma das presenças mais marcantes da banda. Em todos os shows, ele fazia uma dobradinha com o vocalista Dave Ghrol, onde eles trocavam de lugar no palco. Hawkins ia para o microfone e Ghrol assumia a bateria, seu instrumento principal nos tempos de Nirvana. Hawkins, então, fazia graça com o público, ensaiava algumas dancinhas desengonçadas e cantava Under Pressure, do Queen.
A presença de Hawkins no Foo Fighters era tão orgânica que fica difícil imaginar um substituto a altura do músico. Mas, a formação do Foo Fighters nem sempre contou com ele. Ele se juntou a banda em 1997, após a gravação do segundo álbum, The Colour and The Shape. Antes, ele trabalhava como baterista na banda da cantora Alanis Morissette. Ele foi convidado para o Foo Fighters após a saída do antigo baterista, William Goldsmisth, que havia brigado com Ghrol. Hawkings também mantinha um trabalho paralale, chamado Taylow Hawkins and the Coattail Riders.
Na bateria, Hawkins imprimia um estilo animado e agressivo, em que misturava momentos de pura fúria com caras e bocas que demonstravam que ele estava ali simplesmente se divertindo. Seu estilo certeiro, com viradas e levadas sincopadas ajudaram a moldar o som do Foo Fighters e a consolidar a banda como uma das mais importantes da atualidade.
Segundo a polícia colombiana, a morte do baterista pode estar relacionado com o abuso de drogas. Em diversas entrevistas, Hawkins falava abertamente sobre o vício em heroína e uma overdose que sofreu em Londres, na Inglaterra. Ele dizia que depois da overdose, sua vida havia mudado e ele tinha passado a ter hábitos mais saudáveis. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, segundo uma reportagem do jornal colombiano El Tiempo, que ouviu uma fonte policial, o fato pode estar associado ao consumo de entorpecentes.