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O ‘jingle’ da ditadura militar exaltado por Regina Duarte ao votar

Atriz e ex-secretária de Bolsonaro compartilhou vídeo com música usada pelos militares como peça de propaganda durante os anos mais duros do regime

Por Amanda Capuano Atualizado em 3 out 2022, 15h09 - Publicado em 3 out 2022, 10h40
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  • Regina Duarte
    Regina Duarte durante reunião da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, em Brasília  (Isac Nóbrega/PR)

    Regina Duarte foi às urnas no domingo, 3, para eleger seus representantes — no caso, Jair Bolsonaro e seus aliados, apoio declarado da atriz. Pouco depois de votar, ela publicou nas redes sociais um vídeo em que aparece trajada de verde e amarelo na fila para a eleição. Na trilha sonora, ouve-se um trecho da música Eu Te Amo, Meu Brasil, popularizada como um jingle da ditadura militar brasileira. “Obrigada, sangue latino, por traduzir para multidões o grande amor que sinto pelo meu país’, escreveu.

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    Com os versos “Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil / Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Ninguém segura a juventude do Brasil”, a canção foi gravada pelo grupo Os Incríveis em 1970, mas é uma composição de Dom, da dupla cearense Dom e Ravel. Os dois ficaram marcados como adesistas, como eram chamados os artistas que apoiavam o regime.

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    Com o ufanismo em alta, o grupo paulista aceitou gravar a música por causa da Copa do Mundo do México, vencida pela seleção brasileira naquele ano. Mas, assim como a música oficial da competição, Pra Frente, Brasil, de Miguel Gustavo, Eu Te Amo, Meu Brasil entrou para a história como uma peça de propaganda para louvar o “Brasil do milagre” alardeado pelos militares. Enquanto isso, os “anos de chumbo”, como ficou conhecido o período mais duro da ditadura, imperavam no país, com supressão de direitos, torturas e perseguições políticas.

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    O uso da música por Regina, no entanto, não é surpresa. Ex-secretária da Cultura de Bolsonaro e apoiadora declarada do presidente, ele próprio um admirador da ditadura militar brasileira, Regina chegou a dançar e cantar Pra Frente, Brasil em 2020, durante uma entrevista à CNN, no mesmo dia que o país atingiu 600 mortos por Covid-19 (hoje já são quase 700.000). Vale lembrar que o vídeo “patriota” de Regina aguardando na fila para escolher seu presidente não existiria no regime militar — já que não havia votação direta para presidente.

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