O cantor e compositor Neil Young, de 78 anos, permitirá que suas canções sejam reproduzidas no Spotify após retirá-las da plataforma dois anos atrás. Na época, o músico retirou seu catálogo devido à recusa do Spotify em retirar do ar os podcasts de Joe Rogan, acusado de espalhar fake news sobre as vacinas de Covid durante a pandemia.
Na ocasião, um grupo de 270 cientistas e profissionais de saúde disseram que a desinformação era uma “questão socilógica de proporções devastadoras e o Spotify é o responsável por permitir que esta atividade prospere”. Young, por sua vez, disse que o Spotify era o “lar da desinformação sobre a Covid” e que “vendia mentiras por dinheiro”. “Eles podem ter Rogan ou Young, não ambos”, afirmou.
No mesmo ano, Rogan pediu desculpas dizendo que tentaria equilibrar as coisas com especialistas e opiniões divergentes. O presidente-executivo do Spotify, Daniel Ek, também se manifestou ao dizer que eles tinham a obrigação de fazer mais para equilibrar o acesso a informações.
O retorno de Young coincide com o fim do contrato de exclusividade do Spotify com o podcast Joe Rogan Experience. O apresentador assinou um novo contrato avaliado em 250 milhões de dólares, que permite que o seu conteúdo seja distribuído para outras plataformas, como Apple Podcast, YouTube e Amazon Music. Young afirmou que não conseguiria sustentar sua posição de retirar suas músicas de todas as plataformas e, por isso, retornaria suas músicas ao Spotify.
“Minha decisão ocorre no momento em que os serviços de música Apple e Amazon começaram a oferecer os mesmos recursos de podcast de desinformação aos quais me opus no Spotify. Não posso simplesmente deixar a Apple e a Amazon, como fiz com o Spotify, porque minha música teria muito pouco canal de streaming para os amantes da música, então voltei para o Spotify”, ele escreveu.
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