Família de Agnaldo Rayol publica nota sobre demora no resgate do cantor
O cantor morreu aos 86 anos, em 4 de novembro, a caminho do hospital após sofrer uma queda em sua casa
A família do cantor Agnaldo Rayol, que morreu aos 86 anos, em 4 de novembro, publicou nas redes sociais do artista uma nota de esclarecimento sobre a suposta demora da ambulância do Samu em chegar para fazer o resgate do artista. Segundo os familiares, o tempo total desde a primeira ligação até levarem Rayol – ainda vivo – para o hospital foi de uma hora e 22 minutos.
Leia o comunicado na íntegra:
Após apuração das imagens, constatamos que o tempo total — desde a primeira ligação ao SAMU até a saída da ambulância em direção ao hospital — foi de 1h22 minutos. Durante o período de espera pela ambulância, foi oferecido auxílio telefônico pelo SAMU, pois o cantor apresentava sangramento intenso; segundo a família, foram necessárias três toalhas de banho para conter o sangramento. Abaixo, detalhamos os tempos registrados em cada etapa do atendimento.
A primeira ligação para o SAMU foi feita em 04/11 às 3h30. A ambulância chegou à entrada do edifício às 4h19, ou seja, 49 minutos após a primeira das quatro ligações realizadas.
Os profissionais entraram no prédio às 4h22 e, após prestar atendimento, saíram com o cantor na maca às 4h38. A ambulância fechou suas portas às 4h41 e permaneceu parada no local até as 4h52, totalizando 14 minutos em frente ao edifício antes de seguir para o hospital HSanp, localizado a 1,8 km de distância.
O cantor chegou ao hospital consciente, foi diagnosticado com traumatismo craniano e veio a falecer às 8h30 do mesmo dia.
Assessoria Agnaldo Rayol
S. Paulo, 09 de novembro de 2024
Quem foi Agnaldo Rayol
Agnaldo Royol nasceu em 3 de maio de 1948, no Rio de Janeiro. Com voz de barítono e repertório romântico, o músico marcou sua carreira de mais de 70 anos, interpretando standards americanos, canções italianas e clássicos da música brasileira. Ele começou a cantar logo aos cinco anos de idade, em um programa da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Aos dez anos, estreou no cinema, com o filme Também Somos Irmãos. Nos anos 60, já estabelecido como cantor, com sua voz de barítono, emocionava plateias por onde passava. Em seu repertório, ele cantou música clássica, ópera e até hits da Jovem Guarda e da MPB. Quando jovem, nos anos 1970, ele também participou de novelas na TV Record, como A Última Testemunha, As Pupilas do Senhor Reitor, Os Deuses Estão Mortos e Sol Amarelo e apresentava o programa Agnaldo Rayol Show.
Nos anos 1990, Rayol gravou inúmeras canções italianas, língua que falava fluentemente, já que sua mãe era italiana. Na ocasião, suas canções foram usadas em duas telenovelas da Globo, O Reio do Gado, com Mia Gioconda, e em Terra Nostra, com Tormento d’Amore. Em 2007, cantou na missa da canonização de Frei Galvão, no Campo de Marte, em São Paulo. Ao longo da carreira, Rayol gravou 56 álbuns e participou de 14 filmes. Seu último disco é de 2011, O Amor É Tudo.
Os problemas de saúde começaram a aparecer a partir dos anos 2000. Sofrendo de osteoporose, ele tropeçou no aeroporto de Porto Alegre e fraturou o fêmur da perna direita. Em setembro do ano passado, Rayol publicou um vídeo revelando haver deixado o hospital onde ficou internado para tratar de uma pneumonia. Desde então, ele vivia recluso em casa, onde cuidava da saúde.
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