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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal
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As 5 canções mais provocativas de Rita Lee

Relembre composições marcadas pela rebeldia que popularizou a cantora no país e no mundo

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2023, 11h43 - Publicado em 9 Maio 2023, 11h13

Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, deixa para o país um legado imensurável. Com uma postura crítica que nunca abandonou suas composições, Rita criou letras que ficaram conhecidas por uma rebeldia saborosa e intrínseca à personalidade da artista. Muitas de suas músicas, inclusive, foram alvo da caretíssima censura da ditadura militar: alguns pesquisadores apontam que Rita foi uma das artistas mais censuradas do período. Relembre algumas das mais provocativas canções com as quais cantora presentou a música brasileira:

Lança Perfume (1980)

Seu segundo álbum solo, fruto da parceria com o guitarrista e marido Roberto de Carvalho, é um baú de canções incontornáveis — mas uma delas em particular marcou uma era no país. Tamanho foi o sucesso de Lança Perfume que sua grandeza atravessou o oceano, onde ficou dois meses no topo das paradas da França, colaborando na popularização da música local lá fora. Com uma guinada pop, ela é ousada ao falar de sexo: Me vira de ponta cabeça / Me faz de gato e sapato / E me deixa de quatro no ato / Me enche de amor”.

Banho de Espuma (1981)

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No ano seguinte, mais um disco de Rita Lee veio ao mundo. Batizado de Saúde, inclui faixas inesquecíveis da cantora, dentre elas Banho de Espuma. Originalmente intitulada “Afrodite”, a música foi censurada pela ditadura e só pôde ser lançada após alterações em palavras mais explícitas da letra, na qual a artista narra um momento de intimidade com a pessoa amada: Fazendo massagem, relaxando a tensão / Em plena vagabundagem, com toda disposição / Falando muita bobagem, esfregando com água e sabão.

Cor de Rosa Choque (1982)

Outra canção de Rita Lee vítima dos censores do regime militar foi Cor de Rosa Choque. Originalmente intitulada As Duas Faces de Eva, a composição diz: Mulher é um bicho esquisito / Todo mês sangra / Um sexto sentido maior que a razão. A justificativa para a proibição era de que uma referência ao ciclo menstrual da mulher poderia suscitar “indagações precoces em torno do assunto”. Após dois anos e vários recursos, a música foi finalmente liberada para ser gravada e lançada no disco Rita Lee e Roberto de Carvalho, porém com restrições para ser transmitida na rádio e na televisão. A canção ficou marcada por celebrar a força feminina e questionar a noção historicamente machista de “sexo frágil”.

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Arrombou O Cofre (1983)

Apesar de deixar sua marca com temáticas relacionadas à liberdade sexual, sobretudo feminina, Rita também colocou o dedo na ferida dos poderosos ao falar sobre política. Arrombou O Cofre, do disco Bombom, critica a corrupção e figuras da vida pública brasileira ligadas a ela, dando nome aos bois: Paulo Maluf e Jânio Quadros são alguns dos políticos citados na letra. Até mesmo Solange Hernandes, conhecida como Dona Solange, uma das maiores censoras da ditadura, ganha um verso: Na linha dura basta a Solange da censura. A canção foi, claro, barrada — mas Rita a gravou mesmo assim. A faixa chegou a ser riscada manualmente em algumas tiragens do LP.

Obrigado Não (1997)

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No final dos anos 1990, uma composição da cantora misturou inúmeras polêmicas em uma só letra. Parte do álbum Santa Rita de Sampa, a faixa Obrigado Não fala sobre aborto, casamento gay, ditadura militar, comunismo e legalização das drogas. Sempre provocativa, a rainha do rock entoa: Quanto mais proibido / Mais faz sentido a contravenção / Legalize o que não é crime / Recrimine a falta de educação.

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