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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz
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Em 1983, Rita Lee falou sobre sexo, música e família em capa de VEJA

A artista e o marido Roberto de Carvalho foram temas de uma extensa reportagem sobre como a cantora tinha se tornado a maior artista do país

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2024, 12h12 - Publicado em 9 Maio 2023, 11h16

Em maio de 1983, aos 35 anos, Rita Lee, no auge de sua popularidade, foi capa de VEJA em uma extensa reportagem sobre sua nova turnê, que havia rodado o país em apenas três meses para mais de 500.000 pessoas. A reportagem, assinada pelo jornalista Okky de Souza, destacava que até então nenhum outro artista havia tocado em tão pouco tempo para tantas pessoas e analisava os bastidores da megaprodução. “Com sua turnê, inaugurou a era em que artistas se apresentam apenas para grandes plateias, em ginásios ou estádios”, diz um trecho, acrescentando que no país apenas Roberto Carlos era capaz de arrastar uma multidão parecida com a dos fãs de Rita. A cantora diz ter se inspirado na gigante excursão dos Rolling Stones em 1981 pelas cidades americanas.

Capa de VEJA de 11 de maio de 1983, com um perfil de Rita Lee e Roberto de Carvalho
Capa de VEJA de 11 de maio de 1983, com um perfil de Rita Lee e Roberto de Carvalho (Reprodução/Dedoc)

O marido de Rita Lee, o guitarrista Roberto de Carvalho, também foi perfilado no texto, apresentado como parceiro de negócios e empresário. “Roberto não é apenas o marido e parceiro de Rita Lee: é também um executivo compenetrado e de agenda repleta, que comanda dez funcionários entre intricados mapas, gráficos e extratos de computador”, escreve Okky. Há ainda uma curiosidade fabulosa. Roberto diz ter se inspirado na dieta de Mick Jagger antes de entrar no palco, habituando-se a comer um prato de macarronada três horas antes do início do show, preparando-se para as calorias que perderia durante a maratona no palco.

Sobre Rita, a reportagem de VEJA afirma que ela inovou ao abrasileirar o rock. “Ela conferiu ao ritmo importado uma matreirice nas letras, um sentido de paródia e de deboche que tem raízes fundas no gosto popular brasileiro. O que Rita faz hoje é uma espécie de substitutivo das antigas marchinhas de Carnaval. Neste sentido ela é muito mais brasileira do que muitos cantores e compositores que, apesar de se dizer ligados às suas raízes da música do país ou a seus temas tradicionais, ultimamente caíram na mesmice dos sambas-canções abolerados.”

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Da intimidade do casal, o texto diz que fora dos palcos, eles se dedicam aos três filhos, Roberto, de 6 anos, João, de 4, e Antônio, de 1, em brincadeiras no apartamento de 1.200 metros quadrados em Higienópolis, em São Paulo. Diz ainda que Rita e Roberto não bebem álcool nem consomem drogas, “ainda que Rita admita já as ter consumido há oito anos”, afirma o texto. Sobre o sexo, Rita diz: “Nós, por exemplo, procuramos fazer amor em todas as partes da casa. Quando as pessoas não variam o cotidiano entre si, buscam variações fora do casamento”, ensina a cantora.

A reportagem conclui dizendo que Rita Lee é a única entre as artistas de sucesso do país, ao lado de Caetano Veloso, a manter e deixar exposta uma chama de inquietação. Quarenta anos depois, a fórmula do sucesso de Rita continuou a mesma e a cantora, a rainha do rock brasileiro, jamais perdeu a majestade.

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