Na entrevista louvação com Sergio Moro, a quem chamou de “um herói sem capa, o único herói brasileiro no momento”, Ratinho, apresentador de programa no SBT, disse que recebera informações de que o vazamento de conversas entre Moro e procuradores da Lava Jato estaria “vinculado a um milionário russo que deu dinheiro a um jornalista famoso internacionalmente, que é namorado de um deputado e que comprou o mandato do Jean Willys”.
Referia-se ao jornalista americano Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, autor das reportagens que tanto embaraço tem causado a Moro. E ao marido de Greenwald, o deputado Davi Miranda (PSOL-RJ), do mesmo partido de Willys. Ratinho observou a propósito: “Pode ser fake news, deve ser fake news. Mas se for isso, é muito maior do que imaginamos, porque envolve outro país”.
Sordidez de Ratinho. Desonestidade. Ele sabe que tudo não passou de uma fake news. Se não sabia, deveria saber. Para disseminá-la, criou-se no Twitter uma página com o nome de “O Pavão”. Devotos do presidente Jair Bolsonaro se encarregaram então de reproduzir o que ali fora publicado. Uma vez cumprida sua função, a página saiu do ar 48 horas depois. Poderá voltar a qualquer momento para defender os interesses de quem a financia.