É quase unânime a opinião de deputados e senadores: de longe, o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo da presidência da República desde a demissão do general Santos Cruz, é, disparado, o mais simpático e gentil auxiliar de Jair Bolsonaro.
Uma doce figura, dona de um papo ótimo e que sorri com facilidade. Transita com desenvoltura no Congresso. Não discrimina ninguém. Tem amigos por toda parte – até mesmo no PT dada à experiência do tempo em que foi assessor parlamentar das Forças Armadas.
Mas não resolve nada. Quer apoio ao governo, mas em troca carece do que oferecer. Cobra fidelidade, que não se traduziria apenas em votos para aprovar projetos do governo, mas também em elogios por meio das redes sociais. E fica só nisso.
Os partidos querem cargos no governo e dinheiro para a construção de pequenas obras em seus redutos eleitorais. Nada disso seria ilegal. É assim que se governa. Mas tudo continua emperrado. E a culpa não é do general. É de mais de cima.