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Mania conspiratória

Desde que começou a investigar, prender e condenar, a Lava-Jato tem sido alvo de tentativas de estancamento

Por Mary Zaidan
Atualizado em 15 abr 2018, 10h00 - Publicado em 15 abr 2018, 10h00
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  • Por boa ou má-fé, muitos têm, mais uma vez, se dedicado a teorias conspiratórias que desembocariam em um acordão para salvar poderosos da cadeia. E que envolveriam o Congresso Nacional, a Presidência da República e a Suprema Corte. As tramas existem, mas, pelo que se viu até aqui, estão fadadas ao insucesso.

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    Assim foi no mensalão, em que a maioria apostou na pizza e não em mais de duas dezenas de condenados, entre eles o até então todo poderoso José Dirceu – o “capitão do time” de Lula, ex-presidente preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.

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    Desde que começou a investigar, prender e condenar, a Lava-Jato tem sido alvo de tentativas de estancamento, mas nada originário da mancomunação entre excelências dos três poderes.

    E as invencionices que prometiam abalar a operação não auferiram êxito. Ao contrário. Em quatro anos, a Lava-Jato colocou na cadeia os maiores empreiteiros do país, dezenas de políticos e até um ex-presidente da República. No total, 188 condenações impostas a 123 réus.

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    Isso aponta no sentido inverso aos que enxergam acordos espúrios em todas as esquinas.

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    Houve e ainda devem surgir outros movimentos anti-Lava-Jato. A Câmara e o Senado produziram vários: projeto de lei para punir abusos de juízes, promotores e policiais, proibição de acordos de delação premiada e da execução provisória da sentença, entre outros. Nenhum vingou.

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    Há poucos dias, falava-se em uma armação em que o STF aceitaria o habeas corpus pró-Lula, golpeando a Lava-Jato. Deu o avesso. Depois, que soltariam Antonio Palocci, trancafiado há 18 meses em regime provisório. O resultado também foi o oposto. E com ele, ainda que não se aplique efeito vinculante, aferiu-se a posição majoritária da Corte em favor das prisões provisórias, algo indigesto para réus em geral e conspiradores de qualquer matiz.

    Agora, anunciam o aliciamento do ministro Alexandre de Moraes, favorável à prisão para condenados em 2ª instância, que seria substituído por alguém contrário à tese. A ele, que já foi ministro da Justiça, seria ofertado outro ministério. Ora, por qual motivo Moraes toparia tal insanidade? Foi nomeado há 14 meses, tem apenas 49 anos e vitaliciedade.

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    Berrar, reclamar, tentar escapulir faz parte do jogo. Condenados, réus e investigados não vão se cansar de buscar fórmulas para escapar das grades. Afinal, não há boi que vá manso para o abatedouro. Mas até eles sabem que um acordão bate em uma muralha quase impossível de se transpor.

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    Sob o peso da opinião pública, o espaço para urdiduras feitas às escondidas se tornou restritíssimo. E a bandidagem trazida à luz pela Lava-Jato é tamanha que não há consenso nem entre os malfeitores, base para qualquer plano em comum. Mérito adicional das delações, que alimentam ódio entre os criminosos.

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    De resto, ainda que seja obrigatório estar atento às investidas contra a operação, o caminho sem volta já foi feito.

    Mary Zaidan é jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan 

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