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Por Coluna
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Lula revigora a Lava Jato

O camburão volta a rondar a Praça dos Três Poderes

Por Ruy Fabiano
Atualizado em 27 jan 2018, 10h00 - Publicado em 27 jan 2018, 10h00

A condenação de Lula não é necessariamente a derrota do projeto esquerdista brasileiro. Ele subsiste em outros partidos, mas perdeu seu símbolo unificador, única liderança popular que forjou, desde 1922, ano de fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB).

No período pré-Lula, a esquerda viveu, por décadas, o paradoxo de se pretender portadora de um projeto de redenção popular que, no entanto, passava ao largo do interesse de quem pretendia salvar: o próprio povo. Sensibilizava apenas uma elite intelectual que não vencia eleições e falava por si e para si mesma.

Lula, que inicialmente dizia não ser de esquerda – é inclusive acusado de ter colaborado com os militares no período da abertura (governo Figueiredo) -, abraçou a causa, deu-lhe cunho populista e logrou quatro mandatos presidenciais: dois diretos e outros dois por meio de Dilma Roussef. Tornou o PT um partido de massas.

A corrupção, porém, pôs tudo a perder. Não que seja estranha aos projetos revolucionários; ao contrário: historicamente é a fonte que os promove e sustenta. No caso petista, adquiriu proporções de tal ordem que quebrou a economia do país.

Discute-se se Lula poderá ser candidato à Presidência este ano. Improvável. A derrota no TRF-4, por unanimidade, com agravo da pena de nove para 12 anos, é mortal. E é apenas a primeira, numa série de mais seis processos em que é réu.

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O processo do sítio de Atibaia, correlato ao do tríplex, é ainda mais denso em provas. Terá sua sentença lavrada em breve, antes do prazo final para o registro de candidaturas. Lula poderá esgotar os recursos que a lei processual oferece – e o fará -, mas não se livrará do desgaste que sua condição de condenado e hexa réu lhe impõe.

Já nas eleições municipais de 2016, quando não se antevia sua condenação, sofreu as primeiras consequências do desgaste. O PT perdeu 75% das prefeituras, só elegeu um prefeito de capital (Rio Branco) e Lula não conseguiu eleger um enteado a vereador em São Bernardo, onde vive há mais de meio século.

Ano passado, fracassou na tentativa de eleger um prefeito, em eleições suplementares, no interior do Piauí. Sua caravana nordestina foi um fiasco. As pesquisas que o mostram favorito ocultam o fato de que mais de 70% do eleitorado não têm candidato. Ele lidera na fração dos 30% que já se definiram, com Bolsonaro logo atrás.

O país vive momento de indefinição. Sabe o que não quer, mas não ainda o que quer. A condenação de Lula revigora a Lava Jato e põe em sobressalto parte expressiva da classe política. O camburão volta a rondar a Praça dos Três Poderes.

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Polícia Federal (Vagner Rosário/VEJA)

 

Ruy Fabiano é jornalista

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