Assine VEJA por R$2,00/semana
Noblat Por Coluna O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Intervenção no Rio foi empurrada goela abaixo de Pezão

Pezão arregalou os olhos e ficou em silêncio

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 17 fev 2018, 08h00 - Publicado em 17 fev 2018, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quando o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), na quarta-feira de cinzas, admitiu em entrevista à televisão que o esquema de segurança montado para o carnaval no Rio de Janeiro havia falhado, ele forneceu sem querer a senha para que o presidente Michel Temer pusesse em marcha o processo de intervenção federal no Estado.

    Publicidade

    Temer e Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da presidência da República, haviam conversado a respeito pela primeira vez na tarde da terça-feira no Palácio do Jaburu, em Brasília. Temer estava chocado com as cenas de violência que vira na televisão. À noite, Moreira consultou o ministro Raul Jungmann, da Defesa, que concordou com a ideia.

    Publicidade

    Autorizados por Temer, os dois embarcaram para o Rio na manhã da quinta-feira e foram direto para o Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio. A conversa com Pezão foi curta, franca e objetiva. Quando falaram da disposição de Temer em decretar intervenção na área da segurança pública do Estado, primeiro Pezão arregalou os olhos e ficou em silêncio.

    Depois, recuperado do susto e informado dos detalhes, rendeu-se aos argumentos dos dois sem oferecer maior resistência. Reconheceu que perdera o controle sobre o aparelho policial do Estado. Um dos ministros chegou a lembrar a Pezão que, no ano passado, ele recusara a sugestão de nomear um general para a Secretaria de Segurança Pública.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Do palácio, os dois ministros e o governador foram para a Base Aérea do Galeão e voaram ao encontro de Temer em Brasília. À noite, no Palácio da Alvorada, diante de outros ministros do governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), Pezão comportou-se como um aliado de primeira hora da intervenção.

    “Façam como quiserem. Vocês já não decidiram? Como não fui consultado, não tenho outra saída a não ser concordar”, queixou-se em voz alta o presidente da Câmara, irritado. Em momento algum, Temer deu qualquer sinal de que recuaria da ideia. Foi Pezão que acalmou Maia: “Rodrigo, você sabe que precisamos disso… O Rio precisa”. Maia calou-se.

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.