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Eleições e visões de estado

Socialismo, social-democracia e capitalismo.

Por Gaudêncio Torquato
Atualizado em 30 jul 2020, 20h20 - Publicado em 16 set 2018, 14h00
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  • O voto é um direito do cidadão, instrumento mais eficaz para reeleger representantes que cumprem bem a missão ou de mandá-los de volta para casa. Lembrança necessária quando o eleitorado começa a definir seu candidato.

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    Esta eleição é uma das mais importantes da historia. Trata-se de escolher a pessoa mais capaz de comandar o país, governantes dos Estados e representantes no Parlamento. E de eleger núcleos ideológicos para fazer políticas de Estado.

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    Portanto, na eleição para a Presidência, o pleito leva em consideração uma visão de mundo, de como se enxergam as tarefas do Estado, o mercado e a economia (mais estatal e/ou mais privado), programas sociais, infra-estrutura, potenciais e riquezas naturais etc. Ao sumarizar tais visões, chega-se às três principais correntes ideológicas no Estado moderno: socialismo, social-democracia e capitalismo.

    Sem aprofundamentos (não é o objeto desse texto), pode-se dizer que o primeiro se finca na transformação social por meio da distribuição de riquezas e da propriedade, abarcando luta de classes, extinção da propriedade privada, igualdade de todos etc. Na teoria marxista, o socialismo se encaixa entre o fim do capitalismo e a implantação do comunismo.

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    O capitalismo se ancora na propriedade privada e na acumulação do capital – contraponto do socialismo. A social-democracia abriga a intervenção do Estado na economia, nos programas sociais e, na política, dá guarida à democracia representativa. Combina aspectos do socialismo e do capitalismo.

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    Fato é que a derrocada do socialismo clássico, a partir do fim da URSS e queda do Muro de Berlim, estendeu o território da social-democracia, hoje o modelo de Nações democráticas, como na Europa.

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    Por aqui, o socialismo é badalado por partidos, a partir do PSB. Alguns, como o PT, chegam a exagerar sua defesa, mas o que fazem é adotar a social-democracia ou a trilha de um “socialismo-moreno”, defendido por Brizola e Darcy Ribeiro: o Estado controla setores da economia (petróleo e energia), enquanto a iniciativa privada fica com comércio, a indústria e os serviços.

    Regra geral, os partidos identificam-se com a social-democracia, dando ênfase a alguns aspectos, como o repúdio à privatização de estatais, como prega o PT. Mas o que acirra ânimos é o uso da máquina do Estado, nos moldes do PT em seus 13 anos de mando. Haddad, a propósito, é um teórico marxista. Eleito, deixaria seu marxismo a ver navios, enquanto o PT continuaria a expressar palavrório socialista.

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    Na outra banda do arco ideológico aparece Bolsonaro, do Partido Social-Liberal, arremedo da social-democracia. Simboliza repressão, armamentismo, antídoto contra o comunismo. Nem é defensor rígido do capital, pois tem em mente uma seara nacionalista e um Estado controlando áreas da economia, mesmo contando com assessoria de um liberal como Paulo Guedes.

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    No meio, Ciro, Alckmin e Marina puxam o Estado um pouco pra lá ou pra cá. Resumo: seja qual for o vencedor, a real politik brasileira imporá barreiras intransponíveis para a instalação de ideologia radical. Disso não devemos ter receio.

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    Gaudêncio Torquato é jornalista, consultor político e professor titular da USP. 

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