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Bye, bye, Bebianno

A crise fica

Por Ricardo Noblat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 fev 2019, 07h00 - Publicado em 16 fev 2019, 07h00
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  • Se Gustavo Bebianno ficasse no governo seria porque Jair Bolsonaro teria se demitido de suas funções. Onde já se viu um presidente da República chamar de mentiroso um dos seus ministros e depois deixar tudo por isso mesmo, inclusive o ministro?

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    E Bebbiano não é qualquer ministro. É o secretário-geral da presidência da República. Tem gabinete no Palácio do Planalto, a poucos metros de distância do gabinete de Bolsonaro, e assento garantido nas reuniões diárias do presidente.

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    Como é possível que Bebianno, por mentiroso, não sirva para permanecer ministro, mas sirva para ser diretor de uma empresa estatal? Pois esse foi o prêmio de consolação que lhe foi oferecido. Se tiver juízo, Bebianno voltará ao escritório de advocacia onde trabalhava no Rio.

    É fato que o governo está prestes a despachar para o Congresso a proposta da reforma da Previdência. E que o mercado e seus satélites, inclusive grande parte dos políticos, estão dispostos a tolerar todas as suas fraquezas desde que se consiga aprovar a reforma.

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    Mas não dá para seguir fingindo que tudo vai bem, que tudo parece normal, quando bem não vai, e de normal há quase nada ou muito pouco. Certa balbúrdia é compreensível em todo início de governo. Leva algum tempo para que se comece a conhecer e a dominar a máquina.

    A balbúrdia seria maior no caso de um governo cuja maioria dos seus titulares nunca passou pela administração pública. São pessoas inexperientes, a começar do presidente. Não foram selecionadas levando-se em conta um projeto de governo porque faltava um.

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    Bolsonaro se surpreendeu ao pressentir que poderia se eleger. Seu plano era ser candidato para ajudar os filhos a se reelegerem. Depois, outra vez casado com uma mulher jovem, e pai de uma menina, iria desfrutar a vida com a gorda aposentadoria de quem fora deputado por 28 anos.

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    Aí veio a facada de Juiz de Fora. O louco do Adélio Bispo, que se sentia perseguido pela Maçonaria, quis matar Bolsonaro e acabou por empurrá-lo para o alto das pesquisas de intenção de voto.  A vida tem desses imprevistos, e Bolsonaro soube dar a volta por cima.

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    Decorridos 47 dias desde a posse, seu governo mal está montado. Há vagas à beça a serem preenchidas, e falta quase tudo. Falta coordenação e também comando. De sobra, só amadorismo e desencontros. O principal responsável por isso é o presidente.

    Uma vez, na segunda metade dos anos 80, o então senador Fernando Henrique Cardoso disse a propósito do presidente José Sarney que estava no exterior: “A crise viajou”. Sarney nunca o perdoou por essa e outras mais. De Bolsonaro, por ora, pode-se dizer que ele é a crise onde estiver.

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