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Avanço do Covid-19 deteriora a situação do país e de Bolsonaro

Brasil ultrapassa a China em número de casos e de mortes

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h58 - Publicado em 1 Maio 2020, 08h00
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  • Enquanto o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, pelo terceiro dia consecutivo revela preocupação com o avanço do coronavírus no Brasil, seu admirador de carteirinha, o presidente Jair Bolsonaro, voltou a repetir que não há muito o que fazer – salvo deixar que a doença contamine 70% da população para que depois perca o fôlego. Não há garantia de que perderá.

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    A Ciência ainda não descobriu se uma pessoa contaminada se torna imune. Algo como 80% dos contaminados sequer se darão conta que contraíram o vírus. Como não foram e nem serão testados, poderão circular certos de que escaparam aos efeitos da pandemia. E assim se tornarem transmissores da doença. Bolsonaro, ao que tudo indica, não entendeu isso.

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    Mas, se entendeu, pouco está ligando. Em sua live semanal das quintas-feiras no Facebook, no mesmo dia em que o ministro Nelson Teich, da Saúde, admitiu que o número de mortos pelo vírus poderá em breve ultrapassar a marca diária de mil, Bolsonaro, sem apresentar provas, sustentou que o confinamento social de nada adianta. E defendeu novamente a volta ao trabalho.

    Uma das razões para que o presidente goste tanto de suas aparições no Facebook é que, ali, ninguém o contesta. Pode contestar nos comentários postados – mas ele não se importa. Ao vivo, só ele e convidados. E nenhum ousa aparteá-lo sequer para dizer que endossa suas opiniões. Só abrem a boca quando ele manda. De preferência, apenas sorriem ou abanam a cabeça.

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    É o teatro do absurdo destinado a animar a torcida presidencial e a fornecer argumentos para que ela continue unida e possa rebater as críticas da esquerda que ameaça retomar o poder no país. A injeção semanal de ânimo é importante para elevar a moral dos bolsonaristas e imunizá-los contra as críticas que a chamada mídia tradicional teima em disseminar cada vez mais.

    Subiu para 5.901 o número de mortes no Brasil – 435 delas confirmadas nas últimas 24 horas. Até ontem eram 5.466. O número oficial de casos confirmados foi de 85.380, com 7.218 diagnósticos novos nas últimas 24 horas. O Brasil deixou a China para trás em número de casos e também de óbitos. Agora é o 10º no ranking de países com mais diagnósticos positivos.

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    Alçado a tal condição, o país ouviu o presidente dizer, sob pressão da Justiça, que pode, sim, ter sido vítima da doença, embora negue e se recuse a mostrar os resultados de dois exames a que se submeteu e que, segundo ele, deram negativo. Ouviu-o também, como de costume, atacar supostos adversários. Desta vez, o alvo foi o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

    O ministro suspendeu a posse de Alexandre Ramagem como diretor da Polícia Federal. O delegado é amigo dos Bolsonaro que pretendiam fazer da Polícia Federal sua guarda pretoriana. Foi por isso que Sérgio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça. Na última quarta-feira, Bolsonaro afirmou que decisão da Justiça se respeita. Ontem, mudou de ideia e desancou quem a tomou.

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    Amargou mais dois revezes no tribunal. Por unanimidade, os ministros tornaram sem efeito restrições bancadas por ele à Lei de Acesso à Informação. O distinto público tem direito a ser informado sobre tudo o que possa lhe interessar. E o ministro Gilmar Mendes recusou o pedido do deputado Eduardo Bolsonaro para pôr um ponto final na CPI das Fake News.

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    A situação política de Bolsonaro deteriora-se de forma tão acelerada quanto a do país em face da luta perdida contra o vírus.

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