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A Política e o Misticismo

Psicanálise da Vida Cotidiana

Por Carlos de Almeida Vieira
Atualizado em 30 jul 2020, 20h19 - Publicado em 22 set 2018, 16h01
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  • Na Alemanha nazista o partido nacional-socialista se apoiava na questão de um “casamento” entre o Estado, a Raça e a Religião, no caso, luterana.

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    A expectativa era que a eficiência da governabilidade se colocasse nas mãos de um Líder Messiânico, Hitler, deixando de lado a prática da verdadeira política. O consenso, a democracia, a igualdade e o respeito às ideias eram abolidos em prol de uma crença maior. Daí nasceram até os dias atuais as ideologias populistas e místicas, e não a verdadeira democracia.

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    Estamos vivendo aqui e no mundo, dito pós-moderno, o império do Nacionalismo profético. A polarização aparente se confunde com um ideal religioso, místico, de misticismo, onde os atores se apresentam como “salvadores da pátria” em detrimento dos ideais de uma filosofia política.

    Qual o futuro do nosso país, dentro dessa perspectiva bipolar aparente, pois tanto a esquerda rígida e a direita conservadora falam a mesma linguagem como coloridos e pantomínias diversas?

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    É hora de maturidade política para evitar desastre futuro. É hora de não confundir candidatos com facções partidárias que praticam a velha política de se manter no poder. Já se ouve na mídia, candidatos aventarem possibilidade de uma reforma em nossa Constituição sem o aval da população, mas de pessoas de “suposto saber”. Quem são essas pessoas? Ouve-se um candidato travestido de outro, deixando a população atônita. O presidente será o partido petista ou o partido que apóia os militares, ou o presidente será alguém autônomo, com identidade própria?

    A população ainda “cabrera” diante de uma eleição com possibilidades de “ditadura do voto” de qualquer lado. Somos ou não somos capazes de fazer uma reflexão que leve em consideração a possibilidade de uma política madura que nos assegure a democracia? O que presenciamos é uma campanha que se ocupa de agressões mútuas e pouco programa de governo. Essa história é antiga e revela sempre colocar o eleitor numa identificação, ora com a agressão contra o agredido e vice e versa.

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    “…no êxito da vingança, e sabendo de antemão que todas essas tentativas de desforras o farão sofrer cem vezes mais do que aquele que se vinga, o qual talvez não sinta nem sequer uma coceira. No leito de morte, voltará a se lembrar de tudo, com os juros acumulados esse tempo todo”, escreve o grande Dostoiévski em seu livro “Memórias do Subsolo”.

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    Oxalá possamos esperar uma saída, somente dada pelo eleitor, com bom senso, de evitar a “compulsão à repetição” de governos travestidos de desejos de manutenção no poder indefinidamente. God save o Brasil!

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    Carlos de Almeida Vieira é alagoano, residente em Brasília desde 1972. Médico, psicanalista, escritor, clarinetista amador, membro da Sociedade de Psicanálise de Brasília, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e da International Psychoanalytical Association  

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