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A onda feminina (por Adriana Vasconcelos)

Mulheres eleitas

Por Adriana Vasconcelos
Atualizado em 18 nov 2020, 19h44 - Publicado em 17 nov 2020, 11h00
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  • A prefeita de Palmas (TO), Cinthia Ribeiro (PSDB,) foi a única mulher entre os 7 prefeitos de capitais que conseguiram liquidar a fatura no primeiro turno das eleições municipais deste ano.

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    No entanto, sua reeleição já equipara o desempenho feminino ao resultado assegurado em 2016, quando Teresa Surita (MDB) destacou-se como a única prefeita de capital eleita naquele ano, ao ser eleita prefeita de Boa Vista (RR).

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    Mas esse desempenho tem grande chance de melhorar, tendo em vista que outras 5 candidatas mulheres disputarão o segundo turno também nas capitais: Delegada Danielle (Cidadania) em Aracaju (SE), Manuela D´Ávila (PCdoB) em Porto Alegre (RS), Cristiane Lopes (PP) em Porto Velho, Marília Arraes (PT) em Recife (PE), e Socorro Neri (PSB) em Rio Branco.

    Isso sem mencionar que 12 mulheres também participarão das disputas de segundo turno nas capitais, só que como candidatas a vice-prefeita.

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    Reflexo dos novos tempos

    Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a aplicação de 30% dos recursos do Fundo Eleitoral em candidaturas femininas, várias legendas tentaram “driblar” a imposição indicando mulheres para compor a chapa de seus candidatos homens.

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    Tanto que hoje nós temos 6 vice-governadoras no país: Jacqueline Moraes (ES), Regina Sousa (PI), Luciana Santos (PE), Izolda Cela (CE), Lígia Feliciano (PB) e Daniela Reinehr (SC). Embora só tenhamos uma mulher à frente da gestão de seu estado: Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte.

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    Outro número também chama atenção: teremos candidatas mulheres disputando o segundo turno também em 15 cidades com mais de 200 mil habitantes. Algumas destas disputas serão totalmente femininas, como em Ponta Grossa (PR), onde Mabel Castro (PSC) enfrenta a Professora Elizabeth (PSD).

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    Candidaturas competitivas

    É importante destacar que destas 15 candidatas com vaga no segundo turno, 9 delas terminaram o primeiro turno na frente de seus adversários, o que demonstra a competitividade dessas candidaturas femininas.

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    Pelo menos 21 candidatos homens que disputarão o segundo turno em cidades com mais de 200 mil habitantes têm uma mulher como vice. Em algumas dessas disputas eleitorais, os dois candidatos que se enfrentam contam com mulheres em suas chapas, como em Vitória da Conquista (BA), Limeira (SP) e Diadema (SP).

    Essa onda rosa choque já garantiu a ampliação da presença femininas também no Legislativo, como nas Câmaras Municipais de São Paulo e Belo Horizonte, onde o número de vereadoras triplicou em relação à eleição de 2016.

    A capital mineira contará, a partir de 2021, com 11 vereadoras, quase 3 vezes mais do que as 4 atuais. A trans Duda Salabert (PDT) foi a mais votada de Belo Horizonte. A Professora Marli (PP) e Marcela Trópia (Novo) também figuram na lista dos vereadores com melhor desempenho na cidade.

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    A Câmara Municipal de São Paulo contará com um número recorde de vereadoras, 13 ao todo, sendo que 2 delas estão entre os 10 candidatos mais bem votados na capital, incluindo a trans Erika Hilton (PSOL). Nos últimos 8 anos, a participação feminina no Legislativo Municipal cresceu 116%.

    De qualquer forma, elas ainda seguem sendo minoria e ocupam apenas 23% das 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo. O que nos mostra o longo caminho que ainda terão pela frente até atingirem a paridade de gênero.

    Mas é inegável que as mulheres estão, pouco a pouco, ocupando seu espaço na cena política.

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    *Adriana Vasconcelos, 53 anos, é jornalista e consultora em Comunicação Política. Trabalhou nas redações do Correio Braziliense, Gazeta Mercantil e O Globo. Em 2012, abriu a AV Comunicação Multimídia Ltda. Acompanhou as últimas 7 campanhas presidenciais. Nos últimos 4 anos, especializou-se no atendimento e capacitação de mulheres interessadas em ingressar na política.

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