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Sinais preocupantes afetam expectativas

Politicamente, o cenário confuso pode impactar a aprovação de medidas de equilíbrio fiscal

Por Murillo Aragão Atualizado em 16 mar 2023, 10h21 - Publicado em 15 mar 2023, 18h18
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  • VOLTA AO JOGO - Bolsa de Valores em São Paulo: a participação do investidor internacional aumentou e deve crescer mais -
    VOLTA AO JOGO - Bolsa de Valores em São Paulo: a participação do investidor internacional aumentou e deve crescer mais - (Roberto Casimiro/Fotoarena/.)

    Uma sequência de eventos está abalando a confiança e a previsibilidade no mercado financeiro no Brasil. Vamos recapitular:

    1) Questionamentos duros contra a autonomia do Banco Central e a política monetária que prosseguem dentro do universo petista;
    2) Falência do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos, trazendo desconfiança e receio de efeito sistêmico no mercado norte-americano;
    3) Decisão do ministro Carlos Lupi (Previdência) de baixar os juros do crédito consignado, ameaçando a oferta de crédito e a viabilidade das operações;
    4) Crise no Credit Suisse, abalando o mercado na Europa com potenciais repercussões planetárias;
    5) Aversão ao risco no Brasil com queda na tomada de créditos no sistema financeiro.

    O quadro aponta para uma potencial – e mais grave – desaceleração da economia ainda este ano. Já existem sinais concretos de desaquecimento em setores relevantes como, por exemplo, a construção civil.

    Politicamente, o cenário confuso pode impactar a aprovação de medidas de equilíbrio fiscal. Com a economia andando de lado ou afundando, o custo do apoio político tende a aumentar.

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    O Brasil já tem uma crise fiscal nativa e um governo que demora a se organizar e a encontrar uma narrativa tranquilizadora. A piora no mercado financeiro mundial é um agravante adicional para uma situação já complexa.

    No caso do crédito consignado, é estranho que uma parte do governo trabalhe para aumentar a oferta de crédito para o consumidor de baixa renda, enquanto outra parte atue no sentido contrário no que se refere a linhas mais baratas para o segmento de baixa renda.

    Ao governo cabe, de forma clara, prestigiar a equipe econômica e evitar decisões contraditórias, além refutar declarações do tipo “fogo amigo” contra a política econômica. A hora é de organizar os esforços para enfrentar cenários turbulentos.

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    Fica mais do que evidente a necessidade de se implantar um sistema de coordenação nas medidas que afetam os vários ministérios e que podem ter repercussão na economia.

    Nesse quadro difícil, o Banco Central vai decidir a nova taxa de juros na semana que vem. Qualquer decisão sem o devido embasamento pode trazer mais intranquilidade ainda para os agentes econômicos.

    Fica evidenciado que o governo tem que ajustar suas expectativas e suas narrativas. E evitar que iniciativas isoladas – mesmo que sejam meramente declaratórias – abalem a condução da política econômica. Simplesmente para evitar o pior: uma brutal desaceleração da economia.

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