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Ruth Cardoso, por Ignácio de Loyola Brandão

A indicação do autor do livro partiu do marido, Fernando Henrique Cardoso: “Ruth gostava dele, o perfil que ele escreveu na Vogue a emocionou e a fez sorrir; por meio dele, recuperou a cidade que lhe parecia perdida, Araraquara.” Foi o sinal verde para que o escritor Ignácio de Loyola Brandão iniciasse o trabalho de […]

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 14h06 - Publicado em 28 set 2010, 19h52

A indicação do autor do livro partiu do marido, Fernando Henrique Cardoso: “Ruth gostava dele, o perfil que ele escreveu na Vogue a emocionou e a fez sorrir; por meio dele, recuperou a cidade que lhe parecia perdida, Araraquara.” Foi o sinal verde para que o escritor Ignácio de Loyola Brandão iniciasse o trabalho de pesquisa de Ruth Cardoso: Fragmentos de Uma Vida (Globo, 300 páginas, 44,90 reais), biografia da ex-primeira-dama que ganha lançamento nesta terça em São Paulo.

Antropóloga (ela preferia ser tratada assim), Ruth Cardoso morreu em junho de 2008, aos 77 anos. Foi uma das primeiras a perceber a emergência dos movimentos sociais que abrigavam diversidades, como feministas, étnico-raciais e de orientação sexual. E, na fase de montagem do governo FHC, idealizou o programa Comunidade Solidária. “Este é mais um longo perfil do que uma biografia”, explica Loyola que, araraquarense como a perfilada, demorou mas cultivou uma relação mais próxima com ela. “Retrato alongado, com detalhes que a maioria desconhece. A Ruth dos bastidores, a mulher por trás da catedrática, da doutora, da primeira-dama, da feminista.”

De fato, o livro é recheado de boas histórias, tanto da formação profissional como curiosidades pessoais. É o caso, por exemplo, do momento em que Ruth conheceu o futuro marido, com quem se casou em 1953. A partir de suas entrevistas, Loyola descobriu também novas facetas da profissional. Para o historiador Jorge Caldeira, “Ruth teve a visão de que antropologia não era só para estudar a cultura dos outros, mas para estudar a sua própria cultura com estranhamento”. Com isso, analisou movimentos sociais até então desprezados, ajudando a uma reformulação do setor de Ciência Política.

Do ponto de vista pessoal, Loyola reforça a fama de reservada. “Ela se abria pouco”, comenta Regina Meyer, amiga íntima. “Ruth imaginava que entendêssemos seus subentendidos, silêncios. Nunca deixava ultrapassar certos limites.” Sobre o poder, Ruth era irônica: “Você entra em um espaço, cheio de figuras do primeiro ao último escalão, olha para o teto e comenta como quem não quer nada: puxa, não tem uma vaca neste teto? No dia seguinte, ao entrar no salão vai descobrir que alguém colocou uma vaca no teto.”

(Com Agência Estado)

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