Depois de quase um ano de pandemia, há novas esperanças no ar, mesmo com todo o quadro dramático que o mundo ainda enfrenta. É que o número global de novos casos continua caindo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No último levantamento publicado pelo órgão, houve um declínio de 16% em relação aos casos da semana anterior, totalizando 2,7 milhões de novos registros. Quanto ao número de mortes, foram 81 mil falecimentos contabilizados, o que representa 10% a menos em relação à semana anterior.
Apesar da queda, os dados continuam assustadores. O mundo já soma 108,2 milhões de casos e mais de 2,3 milhões de mortes desde o começo da pandemia. Mas é preciso reconhecer que há progressos. Especialistas apontam alguns fatores para a queda. Um deles é o avanço da vacinação em países como os Estados Unidos, que registrou o maior número de óbitos em decorrência da Covid-19.
O presidente Joe Biden, logo em seus primeiros dias de governo, anunciou a compra de mais 200 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus, garantindo a quantia suficiente para imunizar todos os americanos. Aliás, Biden já conseguiu superar a meta original de vacinar um milhão por dia. Ele queria 100 milhões de americanos nos 100 primeiros dias de governo. E o ritmo está mais rápido do que isso. E desde o Natal, os casos vêm reduzindo, assim como o número de internações, conforme já mostrou a coluna.
No Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que deve terminar em julho a primeira fase da imunização de toda a população adulta, antes prevista para ser concluída em setembro. Nesta segunda-feira, 22, ele anunciou o roteiro detalhado da reabertura, após um severo lockdown, que resultou na queda da quantidade de pessoas infectadas. Em janeiro, o número de casos diários era de 60 mil e após o fechamento geral dos estabelecimentos, caiu para 11 mil. Há previsão de reabertura gradativa, e a expectativa é de que as escolas recebam seus alunos a partir de 8 de março.
A boa notícia também é encontrada na Escócia, onde estudos que acompanharam toda a população imunizada apontam que pessoas vacinadas com o imunizante da Pfizer tiveram o risco de hospitalização reduzido em 85%, enquanto as que foram imunizadas pela vacina da Astrazeneca ficaram com o risco reduzido em 94%.
No Brasil, segundo o consórcio dos veículos de imprensa, há uma tendência de estabilidade nos casos registrados em duas semanas. Apesar disso, os números ainda são altos, com uma média móvel de mortes de 1.038, ou seja, acima de 1 mil mortos. Já são 265.560 brasileiros que morreram em decorrência da Covid-19.
Apesar desses quadros de regressão, especialistas alertam ainda para a quantidade real de casos registrados na África. Ainda não se sabe o real efeito da pandemia no continente porque todos os dados dependem dos envios das autoridades, então, pela falta de estrutura, pode ser que a contabilização esteja falha. De qualquer maneira, não podemos perder a esperança de que dias melhores estão por vir, com a vacinação e os esforços para que os cuidados sejam mantidos.